sábado, 23 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL e PROSPERO 2018 ECOLÓGICO.


Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.

domingo, 10 de setembro de 2017

Estudo detalha porquê criminosos climáticos como Exxon devem pagar pela destruição do furacão.


'Devíamos nomear esses furacões de Exxon e Chevron, não Harvey e Irma'. Jake Johnson, Common Dreams
Enquanto Texas e Louisiana lidam com a destruição trazida pelo furacão Harvey e enquanto o furacão Irma continua a destroçar as ilhas do Caribe em direção aos EUA, muitos se perguntam algo pertinente: quem deveria pagar pelos danos?
De acordo com um estudo publicado pelo jornal Mudança Climática na quinta, a resposta é clara: os gigantes do petróleo.
“Sabemos que os custos de ambos os furacões serão enormes e que a mudança climática fizeram deles muito maiores do que deveriam ser realmente”, escreve Peter Frumhoff e Myles Allen, co-autores do estudo, em um artigo no Guardian.
A pesquisa também mostra que companhias de petróleo contribuíram desproporcionalmente com o aumento do nível do mar e os níveis de dióxido de carbono na atmosfera enquanto enganam o público sobre os custos de suas práticas capitalistas.
“Surpreendentemente, quase 30% do aumento do nível do mar globalmente entre 1880 e 2010 resultaram de emissões dos 90 maiores produtores de carbono”, descobriu o estudo. “Mais de 6% do aumento do nível global do mar é resultado de emissões que levam à ExxonMobil, Chevron e BP, as três maiores contribuintes”.
O estudo também descobriu que “os 90 maiores produtores de carbono contribuíram aproximadamente com 57% do aumento observado de dióxido de carbono na atmosfera, quase 50% do aumento da temperatura média global”.
May Boeve, diretora executiva da 350.org, argumentou em uma declaração na quinta-feira que os achados do estudo demonstram que devido a essas contribuições à mudança climática, os maiores poluidores são parcialmente responsáveis pelos eventos climáticos extremos que causam pânico ao redor do mundo.
“Deveríamos chamar esses furacões de Exxon e Chevron, não Harvey e Irma”, escreveu Boeve.
Ainda assim, mesmo com seu papel na criação dessas condições que produziram tempestades tão severas e intensas quanto Harvey e Irma, grande companhias de petróleo se comprometeram muito pouco com os esforços de reconstrução e recuperação.
“Pode exigir dezenas de milhares de bilhões de dólares para apoiar a recuperação desses desastres nas comunidades da Costa do Golfo afetadas pelo furacão Harvey. A ExxonMobile, Chevron e BP sacrificaram coletivamente somente $2.75 milhões”, notaram Frumhoff e Allen.

Porque essas companhias nunca são responsabilizadas, no entanto, a população – em particular comunidades de baixa renda – é forçada a custear tudo. Henry Shue, companheiro de pesquisa sênior da Universidade de Oxford, argumentou que isso é inaceitável.
(CARTA MAIOR)

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

RETROCESSO GIGANTESCO NA ÁREA AMBIENTAL: Temer extingue reserva na Amazônia e libera mineração


Em decreto publicado nesta quarta-feira (23), o presidente Michel Temer extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), criada em 1984 pelo governo de João Figueiredo, último presidente da ditadura civil-militar. Desde então, a reserva definia a proteção da área de 47 mil quilômetros quadrados, incrustada em uma região entre os estados do Pará e do Amapá.
A reserva também estabelecia que apenas o governo federal, por meio da Companhia Brasileira de Recursos Minerais (CPRM – Serviço Geológico Brasileiro), e empresas indicadas pela companhia poderiam fazer a exploração de minérios na região, área estratégica do ponto de vista socioambiental, com sobreposição de 7 unidades de conservação e duas áreas indígenas, que ocupam cerca de 70% da área da Renca.  
A coordenadora do Núcleo de Ciências da organização WWF-Brasil, Mariana Napolitano, chama a atenção para as consequências da extinção da reserva. Em entrevista nesta quinta-feira (24), ela diz que a medida deverá acarretar uma nova "corrida do ouro", com impactos ambientais como desmatamento de áreas de floresta e a contaminação dos recursos hídricos.
A ambientalista destaca que a situação é ainda mais crítica, pois, de acordo com levantamentos iniciais, as áreas privilegiadas para a atividade mineradora não estão nos 30% restantes fora das áreas das unidades de conservação e áreas indígenas, o que as colocam em risco.

Mariana questiona, ainda, se a Renca poderia ser extinta por meio de decreto presidencial, sem a necessidade de aprovação de Projeto de Lei, que possibilitaria um debate mais amplo. "É óbvio que é necessário pensar no crescimento e no desenvolvimento econômico, mas precisa ser feito em bases sustentáveis. Especialmente nessas regiões, com florestas conservadas, precisa ser feito com muito cuidado. A sinalização da extinção dessa reserva por meio de decreto – que não permite diálogo, nem salvaguardas mais especiais – é muito ruim", afirmou. (FONTE; Carta Maior). 
O pior é que encontramos muitos brasileiros que apoiam essa medida absurda, a política do Brasil aos poucos vai acabado com o país em nome da ganancia de uma minoria. É lamentável ainda assistimos isso passivamente, como na musica de Chico Buarque: 
"Num tempo
Página infeliz da nossa

história
Passagem desbotada na
memória
Das nossas novas
gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão
distraída
Sem perceber que era
subtraída
Em tenebrosas

transações."
A esperança é que isso um dia passe, como o nome da musica "vai passar". A questão é: o que vai sobrar de tudo isso?

domingo, 30 de julho de 2017

Educação Ambiental e Sustentabilidade

Num artigo publicado na revista Sustentabilidade, Walter Gonçalves de Souza diz algo claro; mas que, todavia, ainda parece estar distante da nossa realidade nos dias de hoje: “Para pensar em sustentabilidade, devemos primeiro pensar em uma educação ambiental voltada para a sustentabilidade”.
Uma frase simples e que encerra todo um conhecimento e uma constatação muito simples: Muitas pessoas ouvem constantemente falar sobre sustentabilidade; mas na verdade muito poucas sabem como levar uma vida mais sustentável ou o que isso significa. Desta forma, a criação de uma mentalidade sustentável nas pessoas e nas empresas passa, a princípio, pela criação de uma rede que seja capaz de fornecer a educação ambiental necessária para o correto entendimento e a criação de uma cultura de sustentabilidade que se espalhe por todas as camadas da sociedade.
Iniciar a formação de uma mentalidade sustentável e fornecer os conhecimentos necessários para isso deve se iniciar desde a mais tenra infância e assim que as crianças consigam compreender os conceitos existentes por trás deste tema importantíssimo. Isso permitirá que num futuro próximo, essas crianças se transformem em multiplicadores e, em um tempo mais distante, em adultos conscientes e competentes para buscar métodos e modelos de vida que garantam a sustentabilidade de suas casas e a sustentabilidade de suas cidades. Exercendo o seu poder de pressão e de decisão sobre as empresas e sobre toda a sociedade em que vivem.
Essa educação ambiental e os conceitos de sustentabilidade devidamente arraigados e cultivados nos corações e nas mentes das futuras gerações; proporcionarão o poder necessário as massas para que exerçam a capacidade de regular o mercado e garantir que os aproveitadores e espertalhões de plantão sejam severamente banidos; garantindo uma sobrevida apenas para as empresas que sigam os preceitos da sustentabilidade na fabricação de seus produtos ou no fornecimento de seus serviços, ou seja, uma empresa sustentável. Assim, o poder do indivíduo transbordará para toda a sociedade e ganhará força, cada vez maior, pressionando as corporações a cuidar melhor e proteger o meio ambiente em que se inserem.
Esta é, sem sombra de dúvidas, a característica mais essencial e mais positiva e que, evidentemente, mais garantirá a continuidade de uma boa condição de vida para as gerações futuras. Uma correta educação ambiental eliminará a ideia errônea e egoísta de que “estamos sós”. E provará, até para os mais céticos, que tudo está interligado e que cada ação, negativa ou positiva, tem seus reflexos no meio ambiente que nos cerca. Quando o ser humano entender isso e todas as sociedades voltarem-se para a importância que representa levar uma vida mais sustentável; o mundo deixará de correr o grave risco que hoje corre de uma aniquilação pelo esgotamento de sua capacidade de manter nossas vidas no ritmo atual de exigências e de consumo que imprimimos, e quem sabe conseguiremos ter um planeta sustentável.
Desde que o homem está sobre a terra, nós estamos consumindo e destruindo o ambiente que nos cerca e nos provém a vida. No entanto, nos dias atuais, já somos capazes de criar um entendimento e perceber que esse comportamento acabará por exterminar nossa sociedade e nossa raça. Temos, portanto, o dever de prover as gerações que se apresentam e as futuras, os meios necessários para compreender os desafios e os problemas e contribuir de forma decisiva para a solução e para a busca de novos horizontes quando o assunto é sustentabilidade ambiental.
E esta; pode acreditar, é uma decisão de vida ou de morte.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Acordo de Paris (CARTA – EDUCAÇÃO)

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quinta 1 a retirada de seu país do Acordo de Paris, firmado em 2015 com o intuito de reduzir o aquecimento global. O presidente alegou que, além do acordo oferecer vantagem aos demais países, estaria destruindo os empregos americanos. A decisão é vista com preocupação por especialistas já que pode prejudicar o combate às mudanças climáticas. Para entender os possíveis impactos, Carta Educação conversou com a diretora-executiva do WRI Brasil, Rachel Biderman. Confira! 
O que é o acordo de Paris?
Criado em 2015, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change), o Acordo de Paris é uma iniciativa que estabelece mecanismos para que os países limitem o aumento da temperatura global e fortaleçam a defesa contra os impactos da mudança climática.
Quantos países aderem ao Acordo?
O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC. Com a saída dos EUA, são 194 países signatários.
Quando ele passou a valer?
O Acordo passou a valer em 4 de novembro de 2016, quando 92 países o ratificaram.
Como os países se integram ao Acordo?
Cada país fica responsável por construir seus próprios compromissos na redução de emissão dos gases de efeito estufa, de acordo com o que o governo considera viável a partir de seu cenário social e econômico. A intenção é apresentada por meio do documento chamado Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC).
Como o Brasil se comprometeu com o acordo?
Por meio da NDC do Brasil, o país se comprometeu a reduzir em 37% suas emissões de gases estufa até 2025 (em relação ao montante registrado em 2005), e em 43% até 2030.
Qual a sua análise sobre a situação brasileira diante do acordo?
O Brasil está atrasado no cumprimento do compromisso e temos pouco tempo para alterar o processo das metas. Dependeria de mudança de rumos nas políticas públicas, principalmente em relação ao investimento do dinheiro público nos setores agrícola e energético. É necessário diminuir o uso de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e migrar gradativamente para a geração elétrica solar e eólica. Também acho importante melhorar os processos nas hidrelétricas e ressuscitar o programa de incentivo da produção e uso do etanol.
Por que é importante os EUA participar do Acordo de Paris?
Como segundo maior emissor do mundo, a primeira questão é diminuir seu volume de emissão – os EUA tinham se comprometido a reduzir suas emissões de gases clima em 26-28% até 2025. Em segundo lugar, pesam questões econômicas e políticas. Os EUA tem um peso enorme nas negociações internacionais e essa saída pode ser mal interpretada pelos outros países.
Quais os riscos disso?
Os países podem interpretar essa situação como o fracasso do acordo e, com isso, resolverem sair. Essa é a grande preocupação. As críticas direcionadas à medida norte-americana são de negociadores internacionais, cientistas, políticos, ativistas que sabem que a questão ambiental é importante e que a humanidade está em jogo.
Agora, os Estados Unidos integram, ao lado de Síria e Nicarágua, o grupo de países que não aderem ao Acordo. Qual o impacto?
Em termo de emissões, a Síria e Nicarágua não têm muita importância, são pequenos. Agora, os EUA estava à frente do processo de regulamentação do acordo e agora está como o último da fila, entre o grupo dos que negam uma pauta considerada por quase todos os líderes do planeta. É um retrocesso.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Águas Residuais será o centro dos debates do Dia Mundial da Água 2017.



A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o tema “Águas Residuais” como o foco das discussões para o Dia Mundial da Água 2017, a ser celebrado em 22 de março.
Popularmente conhecida como esgoto, as águas residuais compreendem todo o volume de água que teve suas características naturais alteradas após o uso doméstico, comercial ou industrial. Trata-se de uma substância com grau de impureza que varia de acordo com sua utilização, mas que sempre contém agentes contaminantes e potencialmente prejudiciais à saúde humana e à natureza de modo geral.
O retorno dessa água ao meio ambiente deve necessariamente sofrer tratamento de modo que ela volte a apresentar qualidade e limpeza adequadas para que seja lançada no corpo receptor (rio, lago ou mar) sem causar danos à saúde e ao ecossistema.
No Brasil, a coleta e tratamento das águas residuais configuram-se como grande desafio para o saneamento ambiental. Segundo o Instituto Trata Brasil, apenas 48,6% da população tem acesso à coleta de esgoto, sendo que deste efluente coletado somente 40% passa por algum tipo de tratamento antes de ser descartado no meio ambiente.
O tema ainda demonstra a desigualdade social no país. Estados mais carentes e menos desenvolvidos apresentam menos acesso ao saneamento básico frente aos Estados com mais recursos. Por exemplo, a região norte é que apresenta as médias mais baixas de tratamento de esgoto (14,36%), enquanto o Centro-Sul brasileiro apresenta melhores índices, acima da média nacional.
A universalização do saneamento, com atendimento em 100% de tratamento de água, coleta e tratamento de águas residuais são essenciais para a dignidade humana e a saúde pública. O Instituto Trata Brasil estima que são necessários R$ 508 bilhões até 2033 para universalizar o acesso aos 4 serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem). Somente para água e esgoto serão necessários R$ 303 bilhões.
Especialistas do setor sugerem que cada R$1 investido em saneamento economiza-se R$4 na área da saúde. Não é só nesse campo que ocorrem impactos positivos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) atenta que cada R$ 1 investido em saneamento gera R$ 3,13 em riquezas à economia, já que saneamento demanda grande quantidade de obras e serviços, movimentando áreas da indústria, comércio e setor de serviços em todo o ciclo que vai da captação e abastecimento de água à coleta e tratamento do esgoto. Para cada R$ 1 bilhão investido em saneamento, 58 mil empregos diretos e indiretos seriam criados: sendo 27 mil na indústria, 25,1 mil no setor de serviços e 5,9 mil em agropecuária.
Sobre o dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU no dia 22 de março de 1992. Desde então, essa mesma data a cada ano é destinada à discussão sobre os diversos temas relacionados a este importante bem natural.
A data comemorativa é uma oportunidade para se conhecer mais sobre a problemática da água, promover debates na sociedade e tomar atitudes que façam a diferença no uso racional de água. A cada ano, a ONU escolhe um tema diferente para ser discutido que corresponde a um desafio atual ou futuro.

No ano passado, a ONU divulgou os temas das três próximas edições do Dia Mundial da Água, sendo que em 2016 os debates ocorreram em torno de “Água e Empregos”, em 2017 conforme já agendado será “Água Residual” e em 2018 terão como foco “Soluções Naturais para a Água”.