quinta-feira, 23 de junho de 2011

Para Refletir

Fala-se muito em deixar um planeta melhor para nossos filhos, e nisso eu até concordo, mas acredito também que devemos deixar filhos melhores para o nosso planeta.


Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive.

Qual é a sua opinião?

Águas Urbanas

O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para a sociedade. Uma das conseqüências do crescimento urbano foi o acréscimo da poluição doméstica e industrial, criando condições ambientais inadequadas.

O sistema urbano típico de uso da água apresenta hoje um ciclo imperfeito. A água é bombeada de uma fonte local, é tratada, utilizada e, após, retorna para o rio ou lago, para ser bombeada novamente. Mas a água que é devolvida raramente tem as mesmas qualidades que a água receptora (ou a água original, como foi extraída da natureza). Sais, matéria orgânica, calor e outros resíduos que caracterizam a poluição da água são agora encontrados.

O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para a sociedade. Uma das conseqüências do crescimento urbano foi o acréscimo da poluição doméstica e industrial, criando condições ambientais inadequadas e propiciando o desenvolvimento de doenças, poluição do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminação da água subterrânea, entre outros problemas.

O desenvolvimento urbano brasileiro concentra-se em regiões metropolitanas, na capital dos estados e nas cidades pólos regionais. Os efeitos desta realidade fazem-se sentir sobre todo aparelhamento urbano relativo a recursos hídricos, ao abastecimento de água, ao transporte e ao tratamento de esgotos cloacal e pluvial.

À medida que a cidade se urbaniza, geralmente ocorrem os seguintes impactos:

  • Aumento das vazões máximas.
  • Aumento da produção de sedimentos devido à desproteção das superfícies e à produção de resíduos sólidos (lixo).
  • Deterioração da qualidade da água, devido à lavagem das ruas, ao transporte de material sólido e a ligações clandestinas de esgoto cloacal e pluvial.

Além destes impactos, ainda existem os causados pela forma desorganizada da implantação da infra-estrutura urbana: pontes e taludes de estradas que obstruem os escoamentos, redução da secção do escoamento de aterros, deposição e obstrução de rios, canais e condutos de lixos e sedimentos, projetos e obras de drenagem inadequados.

As enchentes em áreas urbanas são causadas por dois processos (isolados ou de forma integrada):

  • Enchentes causadas pela urbanização: o solo é ocupado com superfícies impermeáveis à rede de condutos de escoamento.
  • Enchentes em áreas ribeirinhas (naturais): o rio ocupa seu leito maior, de acordo com eventos extremos, com tempo de retorno, em média, de 2 anos.

As medidas de controle de inundações podem ser classificadas em estruturais, quando o homem modifica o rio: obras hidráulicas, como barragens, diques e canalização; e em não estruturais, quando o homem convive com o rio: zoneamento de áreas de inundação, sistema de alerta ligado à defesa civil e seguros. No Brasil, não existe nenhum programa sistemático de controle de enchentes que envolva seus diferentes aspectos. O que se observam são ações isoladas por parte de algumas cidades

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Informe diz que Banco Mundial contribui para o caos climático

Um novo informe publicado pela organização Amigos da Terra Internacional durante as negociações da ONU sobre o clima, que estão acontecendo esta semana em Bonn, denuncia que o Banco Mundial investe cada vez mais em combustíveis fósseis e promove falsas soluções empresariais frente as mudanças climáticas, tais como o comércio de carbono, que aprofundam, ao invés de mitigar, as atuais crises ambientais.
O informe mostra como o Banco investe cada vez mais em combustíveis fósseis, o que induz países como Índia e África do Sul a depender cada vez mais do carvão mineral. Segundo o documento, em 2010, o Banco bateu um novo recorde em matéria de financiamento para combustíveis fósseis (6,6 bilhões de dólares no total), o que representa um aumento de 116% com respeito a 2009. Desse total, 4,4 bilhões de dólares foram investidos em projetos associados ao uso de carvão, o que também significou um aumentos recorde de 365% com respeito ao ano anterior.
O braço do Banco Mundial para o setor privado, a Corporação Financeira Internacional (CFI), aprovou empréstimos de 450 milhões de dólares para a central de energia elétrica a carvão de 4.000 MW de Tata Mundra em Gujarat, na Índia, que emitirá 25,7 milhões de toneladas anuais de CO2 durante 25 anos ou mais.
Em abril de 2010, o Banco Mundial aprovou um volumoso empréstimo de 3.750 milhões de dólares, a maior parte dos quais se utilizará para financiar a central a carvão de Medupi de 4.800 MW que está construindo a Eskom, a empresa estatal de energia elétrica da África do Sul. A África do Sul é hoje em dia responsável por 40% de todas as emissões de gases de efeito estufa da África, e este empréstimos lhe agregará ainda mais emissões.
Enquanto outorga empréstimos sumamente insustentáveis em todo o mundo, o Banco está procurando assegurar-se um papel influente no novo Fundo Verde para o Clima da ONU e nos mecanismos para reduzir as emissões derivadas do desmatamento e de degradação das florestas (REDD).
O Coordenador do Programa de Justiça Econômica de Amigos da Terra Internacional, Sebastián Valdomir, disse: “O Banco Mundial é parte do problema climático, não de sua solução. Seus conflitos de interesses e seus péssimos antecedentes sociais e ambientais deveriam servir para desqualificá-lo automaticamente de qualquer participação no desenho do Fundo Verde para o Clima e do financiamento para o clima em geral”.
O Banco Mundial é acusado de conflitos de interesses ao assumir a administração interina do Fundo Verde para o Clima e formar parte da Unidade de Apoio Técnico que está desenhando o fundo. Como conseqüência, o Banco estaria desenhando um fundo que supostamente deveria supervisionar suas próprias atividades.
A Amigos da Terra Internacional reclama que o financiamento para o clima provenha de aportes orçamentários e de outras fontes inovadoras que não estejam baseados nos mercados – tais como a taxação das transações financeiras – e que seu volume venha em proporção com o papel desproporcional que os países ricos tem na geração do problema das mudanças climáticas.
Amigos da Terra Brasil/Amigos da Terra Internacional. Data: 13/06/2011


domingo, 12 de junho de 2011

Consumo Consciente

           A humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo, na poluição dos grandes centros urbanos e no aquecimento global.
          Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.
          O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a  sustentabilidade, maximizando as conseqüências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
          O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

domingo, 5 de junho de 2011

RIO + 20

          A cidade do Rio de Janeiro será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012. O encontro recebeu o nome de Rio+20 e visa a renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Serão debatidos a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco sobre a questão da estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. A Rio+20 insere-se, assim, na longa tradição de reuniões anteriores da ONU sobre o tema, entre as quais as Conferências de 1972 em Estocolmo, Suécia, e de 2002, em Joanesburgo, África do Sul. www.mma.gov.br

O que esperar da Rio+20
Esperar grandes resoluções da conferência ainda é prematuro, segundo representantes da organização brasileira e especialistas. Por outro lado, não são descartados acordos políticos, que possam readequar os rumos das ações atreladas aos principais documentos originados à época, tais como: no caso das convenções, as repercussões a serem analisadas se estendem aos processos das COPs – Conferências das Partes, sendo que as mais recentes foram respectivamente a COP10, de Nagoya, em 2010 (Diversidade Biológica) e CO16 , no México, sobre o Clima. A conferência, em 2012, tratará do tema desenvolvimento sustentável e terá duas prioridades. “Uma é a economia verde no contexto da erradicação da pobreza. Ainda há uma discussão conceitual a respeito, por causa de diferenças de percepção entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Outro tema é o da governança internacional para o desenvolvimento sustentável”, ressaltam os organizadores.

O REAL PODER DA CONFERÊNCIA
A data da realização da Rio+20, no ano que vem, pode sofrer mudanças, como destacou Fernando Lyrio, do MMA. “Há várias propostas nesse sentido. Cogita-se datas entre abril e junho de 2012, mas a data deve ser referendada pela assembléia Geral das Nações Unidas, no segundo semestre deste ano”. Outro ponto a definir é o formato do evento: se será cúpula, ou seja, reunirá chefes de Estado, ou somente conferência. “O Brasil trabalha para que prevaleça a cúpula, que pode resultar em fortalecimento político”. Mas do ponto de vista prático, o assessor internacional do MMA explica que, com ou sem os chefes de Estado, as aprovações partem da figura institucional dos ‘países’.

Seja como for, qualquer decisão tomada na Rio+20 deverá ser baseada em consenso. “Apesar de ser uma coisa difícil, às vezes, é necessário, que se trabalhe no nível de ambições domésticas. Quando tem pressão da sociedade e da mídia, os países se sentem mais desejosos de ter resultados mais fortes e efetivos”, avalia o assessor internacional do MMA.
Não estão previstas novas convenções para a Rio +20 (como a da Diversidade Biológica e do Clima). Caso haja uma grande cúpula, espera-se a criação de um documento politicamente vinculante, que pode ser uma declaração, uma carta ou uma resolução. “No caso da Rio+10, por exemplo, foi estabelecido um plano. Em qualquer uma das circunstâncias, não se tira o peso do valor desses documentos”, ressalta Lyrio.

Mas, na verdade, pouco se conseguiu objetivamente desde a Rio-92, no tocante a reduzir os riscos futuros representados pelo aquecimento global de origem antropogênica, como conta Carlos Nobre, climatologista, Nobel da Paz, pelo IPCC – Painel Intergovernamental pelas Mudanças Climáticas, e conselheiro do Planeta, que assumiu, neste mês, o cargo de secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do MCT – Ministério de Ciência e Tecnologia.

“As emissões globais de gases de efeito cresceram em mais de 40% em relação àquelas de 1992 e não há ponto de inflexão à vista. A Rio+20 pode ser uma nova oportunidade para conseguir um acordo multilateral, legalmente vinculante, para redução rápida das emissões globais, mas há ainda muitas pedras no caminho”, avalia.

Já na área da diversidade biológica, os especialistas destacam uma conquista importante da COP10, realizada em outubro de 2010, no Japão: a criação do Protocolo de Nagoya para a proteção da diversidade das espécies e dos recursos genéticos do planeta, ou seja, contra a biopirataria.

Infelizmente o Brasil está se preparando mal para o evento, acontecem poucos fóruns de discussões, pequena parcela da população está sabendo da importância Conferência e nas últimas semanas estamos dando exemplos negativos como o Código Florestal e Assassinatos de líderes ambientalistas no Pará. Estarei postando algumas reportagens referentes à RIO+20 neste mês de junho, ABRAÇOS pessoal.

Praias no Ceará devem desaparecer em dez anos, diz estudo

Icarí
Pelo menos quatro praias do litoral cearense deverão desaparecer nos próximos dez anos. Essa é a conclusão de uma série de estudos de pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar, da Universidade Federal do Ceará, que concluíram que o Atlântico tem avançado a impressionantes dez metros por ano.
O aumento do volume dos oceanos e o consequente avanço sobre áreas litorâneas não é exclusividade do litoral cearense. Inúmeras praias do Nordeste têm sofrido com a erosão causada pelas ondas. Os pesquisadores do Labomar, contudo, conseguiram quantificar esse avanço e perceberam que, para além das mudanças climáticas, as intervenções do homem tornam esse quadro muito mais graves.
 “As mudanças climáticas têm feito com que o mar aumente de volume 40, 60 centímetros por século, causando avanço do mar de 4 a 6 metros nesse mesmo período, o que é muito pouco diante do que estamos vendo em certas localidades”, disse o geólogo Luís Parente, doutor em Ciências do Mar pela Universidade de Barcelona e professor do Instituto. Ele divulgou o resultado desses estudos nessa semana, num debate na Assembleia Legislativa do Ceará.
 As praias onde têm acontecido maior avanço do mar são as de Barreira (Icapuí), Caponga (Cascavel), Icaraí (Caucaia) e Morgado (Acaraú). A situação é tão grave que em abril a prefeitura de Cascavel decretou situação de emergência por causa da violência das ondas, que destruíram parcialmente barracas de praia e casas de veraneio.
Em todas essas localidades, os prejuízos financeiros só aumentam. E as soluções tomadas, como o uso de pedras para contenção do mar, têm sido insuficientes. “A saída seria construir novos quebra-mares nessas localidades, mas os custos são inviáveis: R$ 1 milhão para cada 100 metros”, disse Parente. “Como a situação é irreversível, o mais sensato é remover a população dessas localidades e deixar o mar tomar o espaço de que precisa.”
Entre as intervenções humanas que geraram o aumento do volume do mar nessas localidades está a construção de portos, quebra-mares, aterros – feitos também para corrigir e prevenir a erosão causada pelas ondas em outras praias. Tudo realizado com estudos de impacto ambiental, mas que não previram as possíveis consequências para as áreas vizinhas a tais obras.
A explicação para esse tipo de reação do mar é que, ao ter sua rota modificada em determinado ponto do litoral, por exemplo com a instalação de um píer para atracar embarcações, as correntes marítimas buscam se adaptar, mas gastando a mesma energia e força de antes. Com isso, o fluxo contido de um lado recai sobre outro ponto, que passa a sofrer com uma erosão mais intensa.
A natureza, porém, também tem sua parcela de culpa. Segundo Parente, estudos financiados pela Unesco já mostram que a subida do nível do mar leva também ao aumento da velocidade dos ventos. Com rajadas mais fortes, a força das ondas aumenta exponencialmente. E, no Brasil, o efeito dessa aceleração dos ventos deverá ser sentido, sobretudo no Nordeste