sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CRIANÇA, consumo e Mídia.


As crianças veem TV e não discutem e criticam a informação, recebem passivamente as mensagens sem analisar profundamente o  que estão assistindo. Nem dizem se gostam ou não do que estão vendo.  Simplesmente veem e observam, consomem sem fazer uma análise. Muitas vezes as  crianças se “desligam” do mundo real e entram para o mundo da TV.
As pesquisas realizadas alertam para o tempo em que as pessoas ficam diante da televisão, em média de 3 a 4 horas diárias. Esta média varia de acordo com a localidade, e independente do desejo de cada um, a relação que a criança estabelece  com a televisão é parte integrante da construção da subjetividade humana. Foram detectadas diferenças entre as crianças que leem e as que assistem TV. A criança que lê cria e imagina em sua mente os personagens do texto, têm estimuladas a criatividade e imaginação, já a criança que vê TV recebe tudo pronto: a imagem, tamanho, som e movimento, não precisando preocupar-se com nada apenas em “ver”.
A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão. Aprende a  informar-se, a conhecer os outros, o mundo, a si mesmo, a sentir, a fantasiar, relaxar, vendo, ouvindo, “tocando” as pessoas na tela, pessoas estas que lhe mostram como viver, ser feliz, infeliz e odiar. Dessa forma, a relação que a criança tem com a mídia é prazerosa, visto que é uma  relação feita de exploração sensorial, narrativa, em que aprendemos vendo as histórias dos  outros. O contato com a televisão produz na criança reações comportamentais questionáveis em face dos padrões estabelecidos.  Ao assumir um papel importante na tentativa de despertar nas crianças uma falsa realidade, importando valores, costumes, consumismo e conteúdos ideológicos, o mundo televisivo de tal forma se confunde com a realidade.




sábado, 12 de janeiro de 2013

Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório.


Um relatório de uma organização britânica indica que até metade de toda a comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de dois bilhões de toneladas, vão parar no lixo.
O documento, intitulado Global Food; Waste not, Want not (“Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira”, em tradução livre), diz que o desperdício está ocorrendo devido a uma série de motivos, entre eles as condições inadequadas de armazenamento e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.
Outro problema é a preferência dos consumidores por alimentos com um formato ou cor específicos. O estudo diz que até 30% das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha sequer são colhidos por causa de sua aparência.
O desperdício de alimentos também implica em desperdício de recursos usados para a produção deles, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido.
Ofertas nos supermercados – A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de 3 bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.
De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos. Além disso, nos Estados Unidos e na Europa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.
Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da Institution of Mechanical Engineers, disse que o desperdício é “assombroso”. ‘Isto é comida que poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial além de aqueles que atualmente passam fome.’
“As razões desta situação variam das técnicas insatisfatórias de engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento, passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam visualmente perfeitos e pelas promoções de ‘compre um, leve outro grátis’, que incentivam os consumidores a levar para casa mais do que precisam”, disse.
Água – O relatório alertou que atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo.
E o problema pode se agravar. Segundo a Institution of Mechanical Engineers, o consumo de água no mundo chegará a até 13 trilhões de metros cúbicos por ano em 2050 devido ao crescimento da demanda para produção de alimentos.
Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e gera o temor de mais escassez do recurso no futuro. O alto consumo de carne tem grande influência nesse aumento de demanda, visto que a produção de carne exige mais água do que a produção de alimentos vegetais.
“À medida que água, terra e energia passam a ser mais disputados devido à demanda da humanidade, os engenheiros tem um papel crucial a desempenhar no sentido de prevenir a perda e o desperdício de alimentos, desenvolvendo formas mais eficientes de produção, transporte e armazenamento”, disse Fox.


Seu consumo transforma o mundo!

Desequilíbrios econômicos e ambientais criam cenário pessimista.


Os desequilíbrios econômicos e tributários e o aumento das emissões de gases do efeito estufa são os grandes riscos globais que o mundo enfrentará na próxima década, um cenário mais pessimista que o revelado no ano passado, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (8/1/13) pelo Fórum Econômico Mundial.
O relatório Riscos Globais 2013, que o Fórum publica às vésperas de sua cúpula anual de Davos, na Suíça, conta com a opinião de diversos especialistas e líderes políticos, que concordam, em linhas gerais, que as perspectivas econômicas, sociais e econômicas “são levemente mais pessimistas” que em 2012.
Eles refletem sua preocupação pelo impacto das crises de dívida soberana como a que atinge a zona do euro e pela falta de perspectivas positivas sobre o aquecimento global. Neste sentido, todos consideram que o risco global cuja materialização é mais provável nos próximos 10 anos é uma consolidação das “graves diferenças de renda” e que a pior possibilidade é “uma grande falha sistêmica do sistema financeiro”.
Outros dois riscos aparecem entre os cinco de maior impacto e mais prováveis: os desequilíbrios fiscais crônicos e uma crise de abastecimento de água por causa da mudança climática.
“Estes riscos globais são essencialmente uma advertência sobre a força de nossos sistemas e serviços básicos. A capacidade de resistência das nações frente aos riscos globais tem que ser uma prioridade para que esses sistemas e serviços continuem funcionando se ocorrer um evento grave”, declarou Lee Howell, diretor do relatório e diretor-executivo do Fórum.
Axel P. Lehmann, diretor de riscos da seguradora Zurique Insurance Group, citou como exemplo “o crescente custo de fenômenos como a supertempestade Sandy”, o que, na sua opinião, é uma evidência das “enormes ameaças” sofridas por países insulares e litorâneos. “A advertência sobre a falta de soluções às emissões de gases do efeito estufa é evidente. É hora de agir.”
Tempestades econômica e ambiental – Os especialistas insistem no relatório que os graves riscos socioeconômicos dos últimos cinco anos “estão destruindo os esforços de enfrentar os desafios da mudança climática”.
“A comunidade internacional se mostra reticente a enfrentar uma ameaça a longo prazo como esta, apesar dos recentes fenômenos meteorológicos extremos”, diz o relatório, que defende “novos enfoques” e “investimentos estratégicos” para evitar as hipóteses mais desfavoráveis para a economia e o meio ambiente.
“Duas tempestades, a ambiental e a econômica, estão em rota de colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para diminuir o crescente risco de fenômenos meteorológicos extremos, a prosperidade mundial das futuras gerações poderá ser ameaçada”, argumenta John Drzik, diretor-executivo da empresa de consultoria Oliver Wyman Group.
David Cole, diretor de riscos do grupo segurador Swiss Re, diz que, “infelizmente, a luta contra a crise econômica e a crise da mudança climática já não é considerada um só assunto, já se mostra necessário escolher entre uma ou outra”.
“A ideia de que não podemos encontrar soluções para ambas ganhou força”, argumenta Cole.
O documento adverte também para a “complacência” do sistema no campo médico pelos grandes avanços obtidos nas últimas décadas e cita como um dos maiores riscos “a crescente resistência aos antibióticos”, o que “poderia levar nossos sistemas de saúde (…) à beira do colapso”.
Em seu conjunto, o relatório descreve 50 riscos globais – que são agrupados em categorias econômicas, ambientais, geopolíticas, sociais e tecnológicas -, e seus resultados refletem que os mais jovens estão mais preocupados que os mais velhos e que as mulheres são mais pessimistas sobre o futuro do que os homens.
O relatório destaca igualmente os chamados “fatores X”: novas preocupações que pedem um maior estudo, como o uso não ético da geoengenharia e das tecnologias que alteram o cérebro.