sábado, 19 de novembro de 2016

Documentário de Di Caprio sobre aquecimento global está liberado on-line

Seu último trabalho rendeu um documentário feito em parceria com a National Geographic para falar especificamente de mudanças climáticas. No filme, o ator viajou por diversos lugares do mundo, mostrou diferentes culturas, problemas, entrevistou especialistas, políticos, pesquisadores e inventores que criaram soluções para reduzir o impacto ambiental gerado pela humanidade. Entre as autoridades entrevistas por ele, estão o presidente norte-americano Barack Obama, o Papa Francisco e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
“A verdade é que, quanto mais eu aprendo sobre este problema e sobre tudo o que pode contribuir para o problema, mais eu percebo o quanto eu ainda não sei”, diz Leonardo Di Caprio no trailer do documentário.
O filme ganhou o nome “Before the Flood” (Antes da Inundação) em referência à possível elevação dos níveis dos oceanos e os consequentes alagamentos que podem ser ocasionados devido ao aumento das temperaturas globais.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O caso da Samarco e o rompimento da barragem de Fundão: a omissão estatal e a irresponsabilidade empresarial.

Momento em que os rejeitos chegaram ao mar





O caso da Samarco e o rompimento da barragem de Fundão é o exemplo mais extremo das violações da indústria da mineração no Brasil.






O maior desastre socioambiental do Brasil

        No dia 5 de novembro de 2015, no município de Mariana, em Minas Gerais, rompeu-se a barragem de Fundão, de propriedade da Samarco/Vale/BHP Billiton, liberando cerca de 50 metros cúbicos de rejeitos que se misturaram à água contida na barragem de Santarém, transbordando e produzindo uma “onda de lama” de 16 metros de altura que cerca de 4027 minutos após o rompimento atingiu a comunidade de Bento Rodrigues, a jusante da barragem. A lama chegou ao mar, distante mais de 600 km de distância, no dia 22 de novembro, 17 dias após a tragédia e continua avançando, tendo possivelmente atingido a Cadeia Vitória-Martins Vaz e Abrolhos, um dos maiores santuários de biodiversidade marinha do mundo. O fluxo proveniente do Rio Doce abastece a região marinha de Abrolhos com microorganismos essenciais para a alimentação dos animais dessa área e para o equilíbrio ambiental.
            Este é considerado o pior desastre ecológico na história do Brasil. Onde quer que tenha passado, a lama deixou um rastro de destruição e contaminou o solo, as margens dos rios e vitais fontes de abastecimento de água. As comunidades que dependem do Rio Doce para sua subsistência ainda estão sofrendo os impactos do desastre, já que tiveram de interromper suas atividades tradicionais e/ou comerciais, tais como agricultura, pesca e ecoturismo. A população indígena da etnia Krenak, que vive a cerca de 300 km a jusante do local do desastre, foi particularmente afetada. Com o Rio Doce agora contaminado com metais pesados, ficam privados de sua única fonte de água potável e de um elemento essencial do seu patrimônio cultural. Assim, o desastre ameaça sua própria sobrevivência enquanto coletividade.
            Depois de destruir o Distrito de Bento Rodrigues, a enxurrada de lama de rejeitos das barragens provocou severos danos e forçou o deslocamento de comunidades em Camargos, Cláudio Manuel, Paracatu de Cima, Paracatu de Baixo, Pedras, Barretos, Gesteira e Barra Longa. Ao longo de seu percurso pelo Rio Doce, a lama passou ainda por Santa Cruz do Escalvado, Belo Oriente, Periquito, Pedra Corrida, Alpercata, Governador Valadares, Tumiritinga, Galileia, Resplendor, Quatituba, Itueta, Aimorés, Baixo Guandu, Colatina, Marilândia, Linhares, Regência e Povoação, afetando direta e indiretamente um total de 3,2 milhões de pessoas. Estas são apenas as localidades atingidas que foram reconhecidas pela empresa, todavia, os efeitos do desastre atingem mais de 220 cidades, além de diversas comunidades tradicionais, inclusive indígenas, que embora não tenham sido diretamente atingidas pela lama como Bento Rodrigues e Barra Longa, foram gravemente afetadas pela interrupção do abastecimento de água captada do Rio Doce para consumo, agricultura, pesca e afins, atividades que permanecem gravemente afetadas devido à falta de informação conclusiva a respeito da qualidade e potabilidade da água e sua possível toxicidade.
            Trata-se do maior desastre do gênero na história da mineração sob pelo menos três aspectos: o volume de lama despejado (mais de 50 milhões de metros cúbicos), o trajeto percorrido pela lama (mais de 600 km) e o valor (estimado) dos prejuízos causados, que são calculados atualmente na ordem dos R$ 30 bi.
            De acordo com o relatório produzido pelo Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade – PoEMAS para avaliar o desastre da Samarco/Vale/BHP em Mariana (MG), há indícios de que existe um aumento do risco de rompimento de barragens no novo ciclo pós-boom do preço dos minérios, que se justificam basicamente por 4 motivos:
1- a alta dos preços promoveu a aceleração dos processos de licenciamento ambiental, que foram, por esse motivo, inadequados para a avaliação dos riscos;
2- na sequencia, a baixa dos preços intensificou a produção e medidas de redução de custos, como forma de manter os ganhos nos patamares dos períodos de preços altos;
3- o aumento da produção foi favorecido também (além da facilidade na obtenção do licenciamento) pelas inovações em beneficiamento, que permitiram lavrar reservas com teor cada vez menor de minério e
4- o resultado de tudo isso foi a construção de barragens de rejeitos cada vez maiores e menos seguras.

            Assim, foi exatamente nesse contexto da economia minerária no Brasil, considerado resultado do fim do megaciclo das commodities, que no dia 05 de novembro de 2015 ocorreu o maior desastre socioambiental da sua história e um dos maiores do mundo, com o rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), que vem sendo classificado como “conflito socioambiental”, mas que se trata efetivamente de um “desastre tecnológico”. A tentativa de caracterizar o rompimento da barragem de Fundão como um conflito socioambiental tem a clara intenção de tratar os seus efeitos por meio de acordos provenientes da construção de pactos harmônicos entre partes potencialmente litigantes, ocultando o fato de que se trata de um crime ambiental que deve resultar na responsabilização objetiva, integral e solidária entre as empresas envolvidas, Samarco, Vale e BHP Billiton, sob pena de se perpetuarem as violações de Direitos Humanos ocasionadas por este desastre.
            Entre as violações cometidas pelo Estado brasileiro e pelas empresas privadas estão a ausência de assistência emergencial às vítimas, o não cumprimento do dever de informação e violação dos direitos à água, à saúde, à moradia, à vida e à integridade física, além de violações a outros direitos econômicos sociais e culturais. A tragédia deixou evidente que tanto o Estado como as empresas responsáveis, a Samarco, a Vale e a BHP Billiton estão despreparados para lidar com uma situação de desastre ambiental e humano de grandes proporções como essas.
            Em relação ao direito de acesso à informação e participação anterior ao acidente, é importante ressaltar que não houve participação da população na elaboração de um plano de contingência e nem mesmo a devida informação para as comunidades afetadas sobre os procedimentos em caso de emergência. Esses documentos, inclusive, deveriam ser públicos e amplamente divulgados. O que as investigações preliminares mostram é que sequer havia um sistema de alarme sonoro para avisar as comunidades situadas no entorno do empreendimento sobre um acidente na barragem e nem havia pessoas treinadas para dar assistência às famílias. Ademais, no Estudo de Impacto Ambiental relativo ao empreendimento, foi subestimada a quantidade de comunidades potencialmente atingidas por uma falha na barragem.

domingo, 4 de setembro de 2016

PASTORAL DA SUSTENTABILIDADE

JUSTIFICATIVA
A Pastoral nasceu como resposta ao apelo da encíclica Laudato Si e CF de 2016 sobre a nossa casa comum. A partir da reflexão e atuação da Encíclica Papal e CF.
Consciência que a Igreja tem uma vocação de defesa da sustentabilidade do meio-ambiente. A defesa da obra de Deus para a salvação do planeta e do homem.
A Pastoral parte da dimensão bíblica e teológica da ecologia e da defesa do meio-ambiente (amor e defesa da criação de Deus), divulgar uma autêntica espiritualidade ecológica.

OBJETIVOS
      Instrumento de constante conscientização da comunidade sobre a importância vital das questões ambientais e de todas as realidades relacionadas com o meio-ambiente, para sua defesa e preservação.
      Acompanhamento e monitoramento constante dos ecossistemas da região. A Pastoral quer ser um canal de diálogo com as autoridades competentes e a população. 
      Zelar pela água e saneamento básico nas cidades.
      Conscientizar a população (especialmente as crianças) sobre a importância da não poluição, da redução dos desmatamentos, sobre a coleta seletiva do lixo e consumo exagerado.
      Divulgar em parceria com Instituições Educacionais temas e assuntos referentes as questões ambientais no Brasil e no mundo.

      Despertar na comunidade uma autêntica mística ecológica, no respeito da natureza que é criação de Deus.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

CARTA DE PRINCÍPIOS E COMPROMISSOS (ODS)

CONTEXTO
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda global com 17 objetivos e 169 metas a serem atingidas até 2030, adotadas em setembro de 2015 de 2015 nas Nações Unidas e assinadas por 193 países, incluindo o Brasil. Ainda mais abrangentes, integrados e detalhados que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os ODS incluem temas transversais que exigem a articulação multissetorial e entre diferentes esferas de governo.

Esses desafios pode ser organizados em quatro dimensões principais:
 Social: relacionada às necessidades humanas, de saúde, educação, melhoria da qualidade de vida, justiça.
 Ambiental: trata da preservação e conservação do meio ambiente, com ações que vão da reversão do desmatamento, proteção das florestas e da biodiversidade, combate à desertificação, uso sustentável dos oceanos e recursos marinhos até a adoção de medidas efetivas contra mudanças climáticas.
 Econômica: aborda o uso e o esgotamento dos recursos naturais, modos e modelos de produção, produção de resíduos, consumo de energia, entre outros.
 Institucional: diz respeito aos arranjos (capacidades e recursos) para implementar os ODS.

SOBRE A ESTRATÉGIA ODS
A Estratégia ODS é uma coalizão de organizações com atuação reconhecida no país, representativas da sociedade civil, do setor privado, da academia e de governos locais, com o propósito de mobilizar, discutir e propor meios de implementação para os ODS, que contemplem medidas efetivas para obter avanços nas diferentes dimensões que compõem essa agenda.

OBJETIVOS
 Promover avaliações críticas sobre o processo de implementação dos ODS
 Mobilizar formadores de opinião e atores-chave de organizações e movimentos sociais
 Articular atores-chave do setor privado para qualificar sua atuação
 Propor e fomentar políticas públicas indutoras voltadas para governos nacional e subnacionais
 Incidir sobre a adaptação das metas e indicadores para o contexto brasileiro, buscando avanços reais
 Ampliar e qualificar o debate público sobre a implementação dos ODS no Brasil

Quais são os 5 “P”s do desenvolvimento sustentável?
1 – Pessoas: 
Pensar em um planeta melhor inclui garantir um planeta mais igual às pessoas, de maneira que cada uma delas possa viver e se desenvolver com dignidade. Por isso, uma das prioridades é acabar com a pobreza e a fome no mundo, de forma a assegurar que todos os seres humanas tenham condições de vida justas e saudáveis.

2 – Planeta:
Desenvolver-se sustentavelmente requer proteger o planeta da degradação e das mudanças climáticas e de firmar políticas sobre a conscientização do consumo e da gestão dos recursos naturais.

3 – Prosperidade:
Para garantir a sustentabilidade é necessário que ocorra uma relação próspera e equilibrada entre a natureza e o desenvolvimento dos seres humanos nas esferas econômica, social e tecnológica.

4 – Paz:
Não pode haver desenvolvimento sustentável sem paz, de modo que é preciso promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência.

5 – Parceria:
Para o sucesso da implementação da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável é necessário que se estabeleça uma parceria global, com a participação de todos os países, sustentada no espírito de solidariedade e no atendimento das pessoas mais vulneráveis.



domingo, 5 de junho de 2016

Criação do Dia Mundial do Meio Ambiente. 05/06

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado todo dia 5 de junho de cada ano. Esta data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas ONU, durante a Conferência de Estocolmo. Foi durante esta conferência que foi aprovada também o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Objetivos 

A criação desta data teve como objetivo principal a conscientização da população mundial sobre os temas ambientais, principalmente, aqueles que dizem respeito à preservação. Desta forma, a ONU procurou ampliar a atuação política e social voltada para os temas ambientais. Era intenção da ONU também, transformar as pessoas em agentes ativos da preservação e valorização do meio ambiente.

Importância e comemoração 

Nesta data, ocorrem diversos eventos no mundo todo. Palestras, campanhas educativas, documentários e eventos são realizados, em vários locais, com o propósito de despertar as pessoas para esta importante questão mundial.

Em muito países ocorrem acordos ambientais e definição de políticas voltadas para a proteção do meio ambiente.

Esta data é muito importante nas escolas, pois os alunos, em estágio de formação, podem desenvolver uma consciência ambiental que é fundamental para o futuro do planeta.

Num momento em que a Natureza se apresenta especialmente inquieta, com manifestações causadas ou não pelo Homem – mas que cobram um preço alto em vidas –, tais como furacões furiosos, enchentes devastadoras, deslizamentos letais, invernos glaciais, chegamos ao Dia Mundial do Meio Ambiente chamando não somente à reflexão, mas, principalmente, à ação de todos em defesa da vida.

Todos temos como contribuir – direta ou indiretamente – para que as sociedades caminhem rumo à sustentabilidade e para que a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza deixe de ser mera utopia.

Atitudes individuais e coletivas, como o consumo consciente no dia a dia e a exigência, pela população, do cumprimento das leis por órgãos governamentais em todos os níveis são fundamentais.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

10 + 1 Verdades sobre educação que você precisa saber!!!

1- Todos os estudantes são capazes de aprender. Todos os professores são capazes de ensinar, o segredo é a dedicação. 

2- As universidades não preparam adequadamente os professores para atuarem como professor. A maior dificuldade enfrentada pelos professores em sala de aula é a falta de didática, que as faculdades não ensinaram. Didática é uma 'técnica para se alcançar o objetivo de ensinar em sala de aula', não um conceito que se estuda para passar no concurso público.

3- Os gestores normalmente são excelentes professores que não tiveram nenhuma preparação anterior para serem líderes de seus colegas de trabalho. Se uma escola vai mal, falta investimento em gestão. Quem deve resolver isso é a secretaria municipal, estadual ou o próprio MEC.

4- Professores extraordinários não fazem grandes coisas muito diferentes. Professores extraordinários fazem coisas simples, porém muito bem feitas e com muita dedicação.

5- Enquanto muitos desistem de continuar melhorando, pois acreditam que já é suficiente, ou que não tem mais jeito, os profissionais de alta performance continuam aperfeiçoando e melhorando, mesmo estando tudo bom!!!

6- Muitas pessoas ao seu redor já podem ter desistido da educação. Mas fazer parte de um grupo seleto de professores que acredita e que têm resultados excelentes, é uma decisão só sua.

7- Se uma criança obter sucesso na escola, o responsável não é só o professor: aluno, pais, comunidade escolar, direção da escola, sociedade, grande mídia e governo também são co-responsáveis. O contrário também é verdade.

8- Os professores nunca serão valorizados em nossa sociedade, sem antes mostrarem que são dignos de receber este mérito. Professor precisa se valorizar antes de esperar a valorização. Somente depois que os professores se valorizarem que receberemos tratamentos e atendimento como nós realmente merecemos.

9- Educação é uma relação de ensino-aprendizagem. Professor e estudantes devem aprender e ensinar um com o outro. Sem relação de poder e dominação por parte do professor. 

10- A instituição Escola está presente em todas as vilas, bairros, comunidades, cidades e metrópoles de todo nosso país. Porém, se o governo quer acreditar que a escola consiga resolver o problema social sozinha, vamos falir enquanto nação. É fundamental os outros organismos: saúde, assistência social, esporte, lazer, desenvolvimento econômico apoiarem a educação e os professores e não somente esperarem que ela resolva todos os problemas sozinhos.

10 + 1- Educação e Professores não têm partido, orientação política, preferência sexual, esportiva, cultural e nem visão econômica. Quem tem isso são pessoas. Não trate a Educação como uma visão pessoal, mas sim como um Bem e um Direito de todos.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Esta Agenda é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Ela também busca fortalecer a paz universal com mais liberdade. Reconhecemos que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Todos os países e todas as partes interessadas, atuando em parceria colaborativa, implementarão este plano. Estamos decididos a libertar a raça humana da tirania da pobreza e da penúria e a curar e proteger o nosso planeta. Estamos determinados a tomar as medidas ousadas e transformadoras que são urgentemente necessárias para direcionar o mundo para um caminho sustentável e resiliente. Ao embarcarmos nesta jornada coletiva, comprometemo-nos que ninguém seja deixado para trás.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas que estamos anunciando hoje demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda universal. Eles se constroem sobre o legado dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e concluirão o que estes não conseguiram alcançar. Eles buscam concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental.
Os Objetivos e metas estimularão a ação para os próximos 15 anos em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta:
Pessoas
Estamos determinados a acabar com a pobreza e a fome, em todas as suas formas e dimensões, e garantir que todos os seres humanos possam realizar o seu potencial em dignidade e igualdade, em um ambiente saudável.
Planeta
Estamos determinados a proteger o planeta da degradação, sobretudo por meio do consumo e da produção sustentáveis, da gestão sustentável dos seus recursos naturais e tomando medidas urgentes sobre a mudança climática, para que ele possa suportar as necessidades das gerações presentes e futuras.
Prosperidade
Estamos determinados a assegurar que todos os seres humanos possam desfrutar de uma vida próspera e de plena realização pessoal, e que o progresso econômico, social e tecnológico ocorra em harmonia com a natureza.
Paz
Estamos determinados a promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas que estão livres do medo e da violência. Não pode haver desenvolvimento sustentável sem paz e não há paz sem desenvolvimento sustentável.
Parceria
Estamos determinados a mobilizar os meios necessários para implementar esta Agenda por meio de uma Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável revitalizada, com base num espírito de solidariedade global reforçada, concentrada em especial nas necessidades dos mais pobres e mais vulneráveis e com a participação de todos os países, todas as partes interessadas e todas as pessoas.

Os vínculos e a natureza integrada dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são de importância crucial para assegurar que o propósito da nova Agenda seja realizado. Se realizarmos as nossas ambições em toda a extensão da Agenda, a vida de todos será profundamente melhorada e nosso mundo será transformado para melhor.


domingo, 1 de maio de 2016

Acordo de Paris é apenas primeiro passo para justiça climática.

Os países responsáveis pela maior parte da mudança climática estão se comprometendo com uma fatia pequena da sua parte nos cortes de emissões.

O Acordo Climático de Paris, definido nas últimas conversas da COP21 em dezembro e assinado na sexta-feira por cerca de 170 nações, está sendo aclamado como “um momento decisivo para a humanidade” e denunciado como uma “distração perigosa”.
Não há dúvidas de que o acordo “é o ponto culminante de anos e anos de trabalho duro”, como colocou o presidente da Union of Concerned Scientists (UCS), Ken Kimmell, na quinta-feira.
E a magnitude da cerimônia de assinatura em Nova Iorque – a qual contou com a participação de países como o pequeno Palau até os maiores poluentes como os Estados Unidos e a China – “confirma que há uma forte vontade global em agir urgentemente para limitar os impactos da mudança climática, trocando o combustível fóssil por energia limpa e renovável e tecnologias efetivas”, disse o diretor de estratégia e políticas da UCS, Alden Meyer.
Mas Sara Shaw, coordenadora de justiça climática e energética da Friends of the Earth International (FOEI), disse que a cerimônia foi apenas “um teatro da elite global”, e que faltava “substância na implementação e ambição”.
Exigindo aos países que determinem suas próprias metas para a redução das emissões de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa como esforço para manter o aquecimento global abaixo de 2ºC, “a assinatura formal do Acordo de Paris pode ser o próximo prego no caixão da indústria de combustível fóssil”, disse a diretora executiva da 350.org, May Boeve, “se os governos realmente seguirem seus compromissos”.
Esse é um grande “se”.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o Plano de Energia Limpa, para cortar as emissões de carbono, é visto como um componente crítico para alcançar as metas da redução de emissões. Mas como o Los Angeles Times explicou na sexta-feira:
A peça central da agenda climática de Obama – o Plano de Energia Limpa para limitar as emissões de gases do efeito estufa das plantas energéticas – está no limbo enquanto a Suprema Corte pondera um desafio dos estados e das indústrias que alegam que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) não tem autoridade legal para seguir com o Plano. Mesmo se sobreviver, os cientistas dizem que há muito mais a ser feito para alcançar as reduções nas emissões estipuladas no Acordo de Paris – reduzir as emissões de gases do efeito estufa entre 26% e 28% abaixo dos níveis de 2005 até 2025.
E mesmo que os governos cumpram com suas promessas, muitos experts dizem que isso não será suficiente para prevenir contra o desastre climático.
Uma nova análise divulgada essa semana pelo Climate Interactive e pela escola de negócios do MIT fez um chamado para “que os cortes nas emissões aconteçam mais cedo e de maneira mais profunda”, alertando que “a implementação completa das promessas atuais resultaria em um aquecimento esperado para 2100 de 3.5ºC” – longe do consenso limitado de 2ºC. Isso embasa um alerta similar divulgado ano passado por uma aliança de grupos da sociedade civil, que disse que as promessas da COP21 postas pelos países conseguem alcançar 3ºC ou até uma temperatura mais alta.
De fato, disse Jagoda Munic, presidente da FOEI, “de uma perspectiva científica, os números não se encontram. Os países historicamente responsáveis pela maior parte da mudança climática estão se comprometendo com uma fatia pequena da sua parte de cortes de emissões dos gases do efeito estufa”.
Em uma declaração, a Chamada Global de Mulheres pela Justiça Climática disse na sexta-feira que “enquanto o acordo em Paris pode representar um ponto de partida para a ação coletiva...os termos não são claros e são injustos, a ambição é muito baixa, e os direitos das pessoas e do país não foram assegurados”. O grupo está organizando um protesto do Dia do Planeta do lado de fora da Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar atenção sobre o modo como as comunidades e as mulheres são impactadas pela mudança climática.
Outro grupo, Climate Mobilization, está organizando um “die-in”, uma forma de protesto no qual os manifestantes se fingem de mortos, em Nova Iorque na sexta-feira para “salientar o verdadeiro impacto do Acordo de Paris: mudança climática desenfreada, falência do estado e bilhões de mortos”.
Citando os significativos “negócios mal-acabados de Paris”, a diretora executiva internacional da Oxfam, Winnie Byanyima, disse, na sexta-feira, que as previsões do acordo “não são suficientes para evitar nossa ida a um mundo com 3oC e não asseguram as medidas necessárias para um financiamento adequado que garanta que milhões de pessoas vulneráveis possam se preparar e responder a um crescente caos climático”.
De fato, ela notou, “se todas as finanças públicas atuais de adaptação ao clima fossem divididas entre os 1.5 bilhões de pequenos agricultores nos países em desenvolvimento, eles receberiam cerca de três dólares por ano para lidar com as mudanças climáticas”.
De modo a reduzir mudanças climáticas perigosas, de acordo com a FOEI:
- Necessitamos de uma transformação energética global e justa, incluindo o bloqueio de projetos com energia suja, aperfeiçoando a eficiência energética, atacando os problemas de acesso à energia e trocando para uma forma de energia renovável e que pertença às comunidades.
- Precisamos de financiamento dos países desenvolvidos aos em desenvolvimento para ajudá-los a abandonar a energia suja
- Precisamos que os países cortem as emissões nas fontes, e que não se escondam atrás de mercados de carbono, REDD (Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas) e outras soluções falsas.
Para fazer isso seria necessária uma mudança de paradigma, disse Nnimmo Bassey, diretor da Fundação HOME (Health of Mother Earth).
“O Acordo de Paris bloqueia os combustíveis fóssil e, para salientar a captura das negociações pelas corporações, a palavra ‘fóssil’ não é tão mencionada no documento”, ele aponta. “É chocante que, mesmo que já seja sabido, que a queima dos combustíveis é a maior causa do aquecimento global, as negociações climáticas engajam em platitudes ao invés de ir direto ao ponto”.
“Os cientistas nos dizem que a queima dos combustíveis fósseis deveria terminar em 2030 se houvesse a chance de manter o aumento de temperatura em 1.5 graus acima dos níveis pré-industriais”, continuou Bassey. “O sinal que temos do silêncio sobre o fator dos combustíveis é que as companhias de petróleo e carvão podem continuar a extrair lucro enquanto queimam o planeta”.
A assinatura é o primeiro passo de um processo de dois passos para que os países formalmente integrem o acordo – o próximo é a ratificação. O acordo entrará em vigor no trigésimo dia após a data na qual ao menos 55 partidos, representando ao menos 55% dos gases de efeito estufa do mundo, completem este processo.
Nos EUA, o secretário de Estado, John Kerry, assinou o acordo na sexta-feira, e o presidente Barack Obama irá ratificá-lo antes que deixe o cargo em dezembro, disse um representante do país à CBS News em uma conferência telefônica essa semana.

O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que 15 países integrariam formalmente o acordo imediatamente na sexta-feira, muitos deles pequenos estados-ilhas em desenvolvimento – o Instituto de Recursos Mundiais aponta “[esses são os lugares] posicionados para sofrerem os piores impactos da mudança climática mesmo que sejam os que menos contribuam para as causas do problema”.

CARTA MAIOR

sexta-feira, 22 de abril de 2016

DIA INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA

Como surgiu o Dia Internacional da Terra.

O Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson.  Em 22 de abrl de 1970, o político convocou o que foi considerado o primeiro protesto contra a poluição. De acordo com dados divulgados na época, mais de 20 milhões de pessoas participaram do ato em todos os EUA.

Foi adotado internacionalmente em 1990, e então é festejado a cada 22 de abril.  O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.

O objetivo principal é conscientizar aos habitantes do planeta Terra a importância e a necessidade da conservação dos recursos naturais do mundo.

Hoje, o Dia da Terra é celebrado em mais de 190 países, com a participação de cerca de 1 bilhão de pessoas.

No Brasil

Não há, no país, organismos que reúnam formalmente as atividades para o Dia da Terra. Entre as ações isoladas para a data destaca-se o lançamento da Carta da Terra, da ONG Carta da Terra Brasil. A entidade elaborou uma carta em que defende o respeito à comunidade da vida; a integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia e paz.

O NOSSO PLANETA TERRA:

A Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta.  A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural.  A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.

Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.

O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subsequentes.

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.

Para mantermos o equilíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.

Problemática:
A temperatura média da Terra gira em torno de 15º C. Isso ocorre porque existem naturalmente gases, como o dióxido de carbono, o metano e o vapor d´água em nossa atmosfera que formam uma camada que aprisiona parte do calor do Sol. Se não fossem esses gases, a Terra seria um ambiente gelado, com temperatura média de -17º C. Esse fenômeno é chamado de efeito estufa. Não fosse por ele, a vida na Terra não teria tamanha diversidade. 

Só que desde a revolução industrial, começamos a usar intensivamente o carbono estocado durante milhões de anos em forma de carvão mineral, petróleo e gás natural, para gerar energia, para as indústrias e para os veículos.

Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em 0,7º C. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo o planeta. O homem é o principal responsável por este problema. E é ele que precisa encontrar soluções urgentes para evitar grandes catástrofes.

SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS - FAÇA SUA PARTE!

leia a CARTA DA TERRA:






quarta-feira, 23 de março de 2016

Dia Mundial da Água: 78% dos empregos no mundo dependem de recursos hídricos.

A falta de fornecimento de água seguro, adequado e confiável para os setores altamente dependentes de recursos hídricos resulta na perda ou no desaparecimento de empregos e pode limitar o crescimento econômico mundial nos próximos anos, “a menos que exista infraestrutura suficiente para gerenciar e armazenar a água”. O alerta é feito no, Dia Mundial da Água, pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A edição de 2016 do Relatório Mundial das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Recursos Hídricos é produzido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em nome da ONU Água. Com o tema a água e o emprego, ele mostra que 78% dos empregos que constituem a força de trabalho mundial são dependentes dos recursos hídricos. “Nós temos algo em torno de 1,5 bilhão de pessoas no mundo que ainda têm problemas de acesso à água, seja em quantidade ou em qualidade. Isso afeta o emprego delas também”, disse o coordenador do setor de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão.
A Unesco estima que mais de 1,4 bilhão de empregos, ou 42% do total da força de trabalho mundial, são altamente dependentes dos recursos hídricos. Entre os setores mais atingidos estão a agricultura, indústria, silvicultura, pesca e aquicultura, mineração, o suprimento de água e saneamento, assim como quase todos os tipos de produção de energia. Esta categoria também inclui empregos em áreas como cuidados de saúde, turismo e setores de gestão de ecossistemas.
Também foi estimado que 1,2 bilhão de empregos, ou 36% do total da força de trabalho mundial, são moderadamente dependentes dos recursos hídricos. São setores para os quais a água é um componente necessário em suas cadeias de valores, como construção, recreação e transporte.
Desde os anos 80, a captação de água doce tem aumentado mundialmente em cerca de 1% ao ano, principalmente devido à crescente demanda em países em desenvolvimento, segundo a Unesco. “A redução da disponibilidade hídrica vai intensificar ainda mais a disputa pela água por seus usuários. Isso afetará os recursos hídricos regionais, a segurança energética e alimentar e, potencialmente, a segurança geopolítica, provocando migrações em várias escalas”.
Economia verde
Além do aumento da demanda, as mudanças climáticas são uma ameaça à disponibilidade de recursos hídricos. “A mudança climática levará, inevitavelmente, à perda de empregos em determinados setores. Uma abordagem proativa de adaptação por meio de políticas pode amenizar algumas dessas perdas”.
A criação de oportunidades de emprego em atividades de mitigação e adaptação e o mercado emergente de pagamentos por serviços ambientais pode oferecer às populações de baixa renda a oportunidade de criar um tipo de empreendedorismo, com aumento de renda e implementação de práticas de restauração e conservação.
“A urbanização acelerada e o aumento dos padrões de vida, o aumento da demanda por água, alimentos e energia de uma população mundial em constante crescimento, inevitavelmente, levarão à criação de postos de trabalho em determinados setores (por exemplo, tratamento municipal de águas residuais) e à perda de postos de trabalho em outros”, diz o relatório.
Segundo a oficial do Programa Mundial das Nações Unidas em Avaliação dos Recurso Hídricos da Unesco na Itália, Angela Ortigara, as maiores potencialidade de emprego estão relacionadas com a economia verde. “Há todo um trabalho para capacitar os empresários para essa transição econômica”, afirma.
A produção de energia, por exemplo, como um requisito para o desenvolvimento, possibilita a criação de empregos diretos e indiretos por todos os setores econômicos. Segundo a Unesco, o crescimento no setor de energia renovável leva ao crescimento do número de empregos verdes e independentes de recursos hídricos. “Podemos dizer que a geração de energia eólica e solar já cria mais empregos do que a de fonte convencional”.
Questões de saúde e gênero
Segundo o relatório, investimentos em saneamento e em água potável de qualidade fomentam o crescimento econômico, com altos índices de retorno. “O acesso ao suprimento de serviços seguros e confiáveis de saneamento e de água potável de qualidade, nas casas e nos locais de trabalho, em conjunto com a higiene adequada, são essenciais para se manter uma força de trabalho saudável, educada e produtiva”.
A Unesco destaca as questões de direitos humanos, economia verde, desenvolvimento sustentável e gênero, a serem consideradas pelos gestores de políticas públicas ao tratar das relações entre recursos hídricos e  trabalho. “Anualmente, 2,3 milhões de mortes são relacionadas ao trabalho. Doenças contagiosas ligadas ao trabalho contribuem para 17% dessas mortes e, nessa categoria, os principais fatores para a proliferação dessas doenças, mas que podem ser evitados são água potável de baixa qualidade, saneamento inadequado, falta de higiene e falta de conhecimento”.
Segundo o relatório, cerca de 2 bilhões de pessoas necessitam de acesso a melhor saneamento, com as meninas e as mulheres em situação ainda mais precária. Ortigara diz que isso se deve ao fato de que, em lugares sem infraestrutura, as mulheres são responsáveis pela coleta de água e destinação das fezes, ou quando precisam sair de casa e se afastar da comunidade para cuidar da higiene, muitas vezes sofrem violências nesses percursos.
“E não estamos falando só de zona de guerra”, disse a oficial, sobre os problemas relativos à água, saneamento, higiene e emprego. Ela conta que um estudo feito em Bangladesh, com a distribuição de absorventes íntimos em uma empresa onde 80% dos empregados eram mulheres, diminuiu as faltas ao trabalho de 73% para 3%.
Políticas públicas
O relatório da Unesco recomenda que cada país, conforme a sua base de recursos, potencialidades e prioridades, identifique e promova estratégias específicas e coerentes, bem como planos e políticas para alcançar o equilíbrio ideal entre os setores da economia e gerar o melhor resultado possível de empregos decentes e produtivos, sem comprometer a sustentabilidade dos recursos hídricos e do meio ambiente. “Com vistas a promover o crescimento econômico, a redução da pobreza e a sustentabilidade ambiental, deve-se considerar os métodos que reduzem a perda de empregos ou o deslocamento de pessoas, além daqueles que maximizam a criação de empregos resultantes da implementação de uma abordagem integrada na gestão dos recursos hídricos”, acrescenta o relatório.

domingo, 20 de março de 2016

PASTORAL DA SUSTENTABILIDADE




JUSTIFICATIVA
A Pastoral nasceu como resposta ao apelo da encíclica Laudato Si e CF de 2016 sobre a nossa casa comum. A partir da reflexão e atuação da Encíclica Papal e CF.
Consciência que a Igreja tem uma vocação de defesa da sustentabilidade do meio-ambiente. A defesa da obra de Deus para a salvação do planeta e do homem.
A Pastoral parte da dimensão bíblica e teológica da ecologia e da defesa do meio-ambiente (amor e defesa da criação de Deus), divulgar uma autêntica espiritualidade ecológica.

OBJETIVOS
 Instrumento de constante conscientização da comunidade sobre a importância vital das questões ambientais e de todas as realidades relacionadas com o meio-ambiente, para sua defesa e preservação.
  Acompanhamento e monitoramento constante dos ecossistemas da região. A Pastoral quer ser um canal de diálogo com as autoridades competentes e a população. 
     Zelar pela água e saneamento básico nas cidades.
 Conscientizar a população (especialmente as crianças) sobre a importância da não poluição, da redução dos desmatamentos, sobre a coleta seletiva do lixo e consumo exagerado.
 Divulgar em parceria com Instituições Educacionais temas e assuntos referentes as questões ambientais no Brasil e no mundo.
   Despertar na comunidade uma autêntica mística ecológica, no respeito da natureza que é criação de Deus.

PROPOSTAS DA PASTORAL.
Ampliar do debate da Encíclica Papal Laudato Si e ação da CF de 2016, em especial o Saneamento básico;
Organização anual da “Semana do meio-ambiente” e outras datas na diocese em parceria com Instituições Educacionais;
Dinamização do Dia Mundial da água no mês de março, Dia da árvore e do Dia da Ecologia e outros de acordo com o calendário anual ambiental.
Participação em campanhas ambientais promovidas por ONG, governos e Instituições Educacionais;
Criação de uma Biblioteca do meio-ambiente (virtual);
Promoção de palestras e discussão sobre os problemas ambientais em nível local, regional, nacional e global;
Cursos de qualificação em Educação Ambiental para os catequistas e fieis em parceria com o UNIFEG;

Abertura de um blog e página no Facebook sobre Meio-ambiente e atividades da pastoral.