segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

22 de Dezembro – Dia da Consciência Ecológica.

Tributo ao seringueiro Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes. Nascido no dia 15 de dezembro de 1944, ele foi assassinado por fazendeiros do estado do Acre no dia 22 de dezembro de 1988. Líder seringueiro e sindicalista, Chico Mendes participou da fundação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia e Xapuri, além da fundação do Partido dos Trabalhadores do Acre e do Conselho Nacional dos Seringueiros. Também participou da implantação das primeiras reservas extrativistas do estado do Acre.



A atual sociedade de consumo vem alterando de forma cada vez mais perigosa a biosfera. No capitalismo a função da natureza é exclusivamente de promover recursos, mas em contrapartida as consequências são extremamente negativas.
Do ponto de vista ambiental o mundo passa por uma série de modificações, devido a esse processo percebemos o fim do petróleo, escassez de água e aquecimento global, tudo isso fruto da sociedade industrial consumista.
O homem esquece que quando promove a destruição da natureza ele está se autodestruindo pois esse é parte integrante da natureza, esquece também que os elementos da natureza (hidrosfera, atmosfera, litosfera, animais, plantas entre outros) possui uma relação de interdependência.
A Hipótese Gaia, do grego “mãe Terra”, divindade que também recebia o nome de Gea, é uma nova visão de mundo, diz que a natureza poderá impor limitações à existência da vida humana no planeta. Algumas das limitações podem ser percebidas, como o aquecimento global, ou efeito estufa, fenômeno que se caracteriza pelo aumento da temperatura média do planeta, provocando aumento dos níveis das águas oceânicas, além de mudanças climáticas com efeitos imprevisíveis.
Com base nestes problemas alguns grupos começaram a se preocupar, dando início a vários movimentos ambientalistas e o despertar da consciência ecológica, é lógico que isso não ocorre de forma homogênea nos governos das maiores potências, pois vários acordos são gerados, muitos não são cumpridos para não comprometer a prosperidade econômica.
Hoje existem muitos movimentos ambientalistas, em sua grande maioria se tratam de ONG´s (Organizações não Governamentais), que lutam para preservar a natureza, dentre muitas podemos citar o Greenpeace, grupo de defesa ecológica, SOS MATA ATLÂNTICA e o Fundo Mundial para a Natureza, os movimentos em defesa surgiram principalmente a partir da década de 1960 e 1970.
Qual caminho seguir na preservação ambiental num mundo moderno em que não há maneiras de retroceder em condição de vida?
Primeiro é preciso um despertar da sociedade, que é o agente das questões ambientais, tanto positivas quanto negativas.
Atualmente existem várias correntes de pensamentos de preservação, o conservacionismo (consiste no pensamento de que a prioridade é a natureza com uma preocupação de conservação para as demais gerações), desenvolvimentismo ecológico (consiste no pensamento de que o mundo pode continuar crescendo economicamente de forma sustentável) e ecocapitalismo (corresponde ao pensamento capitalista de obter vantagens com as questões ambientais).
Em busca de soluções para os problemas ambientais são realizados, ocasionalmente, conferências, congressos, acordos para discutir as possíveis maneiras de solucionar ou pelo menos amenizar, alguns dos principais eventos mundiais estão o Rio 92, Protocolo de Quioto, Rio +10, Rio +20, COPs e outras, além de várias discussões no campo acadêmico.

Em suma todos os questionamentos acerca dos problemas ambientais devem ser encarados de forma coletiva, pois não é só o poder governamental que deve ter compromisso, mas sim todos os cidadãos podem participar cada um fazendo sua parte.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Folhas solares, o futuro da energia barata?


A energia solar que atinge a Terra em uma hora é suficiente para produzir energia de um ano para o planeta, e futuristas como Ray Kurzweil dizem que poderemos ter uma civilização inteira movida por energia solar dentro de uma geração.
Mas isto não vai acontecer com as tecnologias em uso atualmente. Os painéis solares tradicionais podem ficar mais baratos, mas as leis da física dizem que eles não serão muito mais eficientes. Isto sem falar nos recursos para a construção de enormes fazendas solares que poderiam substituir um ou dois por cento do mix energético global.
Mas há outro jeito, emprestado diretamente da natureza: as “folhas solares”. Elas ajudam a defender a ideia de que, se conseguirmos produzir painéis solares de custo muito baixo, ninguém vai mais precisar de outra coisa nunca. Há várias abordagens sendo estudadas. Daniel Nocera, do MIT, está trabalhando com uma combinação de catalisadores que, como as folhas, convertem água diretamente em hidrogênio (que pode ser queimado ou usado em uma célula de combustível). Outro grupo de pesquisadores do MIT conseguiu imprimir células solares em papel, antevendo um futuro onde células solares poderão ser tão baratas quanto o jornal da manhã.
Transformar estes tipos de células solares em verdadeiros substitutos das fontes de energia atuais vão requerer uma tecnologia que não é apenas barata: ela vai ter de estar disponível. É nisto que trabalham pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chemnitz, da Alemanha. Ela acaba de publicar um trabalho sobre células solares que podem ser impressas pelo processo tradicional. Imagine uma papelaria em Nairobi imprimindo fitas solares de até 15 metros por minuto em uma única máquina, para se ter uma ideia. Estas folhas solares pode ser cortadas em qualquer extensão desejada e conectadas a uma bateria ou à rede elétrica de uma casa.
Célulares solares ainda requerem alum tipo de substrato (geralmente metálico), cuja adoção disseminada pode depletar reservas mundiais. Mas e se conseguirmos fazer células solares com nada além de carbono? Jiaxing Huang e colegas da Northwestern University estão trabalhando em uma célula solar que é feita de três formas diferentes de carbono. Todas as três podem ser misturadas em tubos cheios de água. É o que os químicos chamam de química aquosa. Isto torna a produção de energia biomimética do começo ao fim, e implica que algum dia teremos painéis solares impressos em papel com pouco mais que grafite como base.
Claro que não temos de esperar décadas para ver os efeitos que as folhas solares terão no êxito da energia solar. Os painéis de hoje, da espessura de uma película fina, e que são impressos num processo semelhante ao da impressão tradicional, já são um negócio de U$ 3 bilhões. Uma empresa de pesquisa diz que este mercado pode chegar a U$ 47 bilhões em 2017.
Películas finas não são eficientes como células solares de silício, mas a abundância de sol torna isso irrelevante. É só achar um espaço e espalhar painéis baratos. As plantas vêm cobrindo cada polegada da superfície da terra ha bilhões de anos, com folhas que são essencialmente painéis solares. Agora é nossa vez, diz a Fast Company.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Educação ambiental desenvolve a consciência ecológica da criança.

O trabalho da educação ambiental infantil deverá ser levado adiante com base na realidade sociocultural, procurando sempre despertar a autonomia, criticidade e responsabilidade.

A educação ambiental pode ser definida como um processo que visa desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe são associados, e que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção de novos. É uma importante ferramenta, uma vez que sua implementação está prevista na Política Nacional da Educação Ambiental para todos os níveis de ensino, não como disciplina, mas como tema a ser incluído nos diferentes conteúdos programáticos.
Para que o professor possa traçar estratégias de trabalho com educação ambiental na educação infantil, é importante conceituar bem essa fase, que corresponde à educação oferecida do nascimento até e os seis anos de idade. Considerada nos dias atuais como indispensável, é ela que vai oferecer os fundamentos para o desenvolvimento da criança em seus diversos aspectos: físico, psíquico, cognitivo e social.  Nela as crianças buscam ativamente o conhecimento; para elas, brincar é mais importante que a ação mental. É pela brincadeira que ela aprende a conhecer a si própria e o mundo que a cerca. Durante a escolarização, haverá momentos de ação e de concentração, mas o importante é que todas as situações de ensino sejam interessantes.
O trabalho da educação ambiental, nesse estágio do desenvolvimento, deverá ser levado adiante com base na realidade sociocultural, procurando sempre despertar a autonomia, criticidade e responsabilidade. Terá por base o movimento, a música, as artes visuais, a matemática, a linguagem oral e escrita, a natureza e sociedade, assuntos que devem ser trabalhados constantemente, considerando ainda que as atividades buscarão uma interdisciplinaridade entre esses diversos eixos, apresentados de forma conjunta com temas principais.
O Referencial Curricular Nacional, no que se refere ao conhecimento do mundo, natureza e sociedade, determina que a ação educativa deve se organizar para que as crianças tenham desenvolvido as seguintes capacidades, conforme a idade: do zero aos três anos devem explorar o ambiente, para que possam se relacionar com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse. Dos quatro aos seis anos os conhecimento anteriores deverão ser aprofundados e ampliados, garantindo-se, ainda, que as elas sejam capazes de interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções, manifestando opiniões sobre os acontecimentos, buscando informações, confrontando ideias, e estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos, bem como entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade da vida humana.
Algumas atividades que podem ser realizadas são as visitas e excursões a Áreas de Proteção Ambiental ou entidades afins.

Com o objetivo de apoiar o professor da educação infantil e demais séries no desenvolvimento de suas atividades, particularmente na elaboração das aulas envolvendo educação ambiental, o CEA-UNIFEG – Centro de Educação Ambiental elaborou o curso de extensão em Educação Ambiental. O curso busca dar subsídio teórico e prático sobre Educação Ambiental para profissionais de diversos setores e estudantes universitários de todas as áreas. Com proposta inovadora e práticas metodológicas participativas, apresentaremos os pilares da Educação Ambiental aos que pretendem atuar nesta área que demanda cada vez mais profissionais preparados para lidar com os desafios da sustentabilidade.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Água virtual: como fazer essa conta.

É cada vez mais comum se deparar com informações sobre a quantidade de água que se gasta para produzir bens de consumo. O que pouca gente sabe é como esse cálculo é feito e quanto o resultado pode variar de um país para outro ou mesmo entre fabricantes em locais próximos
Segundo a organização internacional Water Footprint*, a pegada de água de um produto ou serviço é a soma dos volumes de água doce consumidos e/ou poluídos ao longo de sua cadeia de produção. Entram nesse cálculo a utilização das águas de chuva, das águas superficiais e subterrâneas e mais a quantidade necessária para diluir os poluentes lançados nos cursos d’água, de modo que seus padrões de qualidade sejam mantidos.
O órgão também esclarece que a diferença entre o conceito de água virtual e de pegada de água é que, no segundo caso, além de se considerar o volume de água consumido, leva-se em conta o local de produção dos bens, a fonte da água e em que ponto da cadeia ela é utilizada. Essas informações são importantes para medir de forma mais precisa o impacto de cada produto sobre os recursos hídricos do planeta.
Quando nos deparamos com informações do tipo:
- para se produzir um quilo de arroz, gastam-se 3 mil litros de água;
- um quilo de carne de boi, 15.500 litros de água;
- um litro de leite, mil litros de água e
- uma xícara de café, 140 litros de água, estamos diante da média global de consumo de água na cadeia produtiva dessas mercadorias. Mas esses dados podem variar muito de um país para outro e mesmo entre produtores de locais não muito distantes, que utilizem tecnologias diferentes. A própria Water Footprint tem mapas que mostram a enorme variação da pegada de água em função do local onde um produto é fabricado.
Antônio Felix Domingues, coordenador de comunicação e articulação da ANA - Agência Nacional das Águas, diz que, em certos países como o Brasil, nem sempre é fácil obter as informações das empresas sobre o uso da água nas cadeias de seus produtos e a média de consumo, às vezes, diz pouco na prática. "Os fabricantes estão em diferentes estágios tecnológicos, têm portes variados e muitas não gostam de entregar seus dados porque temem a concorrência ou sonegam impostos". Para ele, os dados mais fiéis são os relacionados à irrigação, facilmente identificáveis por satélite.
Felix ainda lembra que os processos produtivos variam muito de um país para o outro. "O pasto para o boi, no Brasil, geralmente não é irrigado, ao contrário do criado no exterior. Nós conseguimos duas safras de milho sem irrigação, enquanto a França só produz uma e irrigada". Ainda assim, ele reconhece a validade do conceito: "A pegada de água nos desperta a consciência de que tudo o que produzimos e adquirimos consome água e podemos usá-la de maneira mais responsável".
COMO FAZER A CONTA
Ainda que se refiram apenas à média de consumo de água, os números elevados e tão diferentes entre um produto e outro chamam a atenção de leigos e despertam a curiosidade sobre como é feito o cálculo da pegada de água.
A Water Footprint tem um extenso manual que explica, por meio de fórmulas matemáticas complexas, o percurso da equipe de pesquisadores até chegarem aos valores finais. De maneira resumida e simplificada, a conta é feita assim:
PEGADA DE ÁGUA DE UM ANIMAL: Somatória da água utilizada em sua alimentação, mais a água que ele bebe e a que é utilizada em serviços de higiene e cuidados.
A pegada de água de um quilo de bife de boi (15.500 litros) considera que, normalmente, o animal é abatido com três anos de vida e gera, aproximadamente, 200 kg de carne sem osso.
Ao longo da vida, o boi consome em torno de 1.300kg de grãos (entre trigo, aveia, cevada, milho, ervilha seca, farelo de soja e outros), 7.200 kg de pastagem, feno e silo, bebe 24 m³ de água e gasta outros 7 para sua manutenção.
Essa soma é dividida pelos 200 kg de carne produzidas pelo boi.
O que significa que para cada quilo de carne, o animal consome 6,5 kg de grãos e 36 kg de pastagem e afins. Para produzir esses alimentos, são utilizados 15.300 litros de água. Somados aos 155 litros de água que o boi bebe e consome em sua manutenção por quilo de carne produzido, chega-se à pegada de água do quilo de bife.
PEGADA DE ÁGUA DE UMA PLANTAÇÃO: Uso de água (m³/hectare) dividido pela produtividade (toneladas/hectare).
A quantidade de água requerida por uma plantação pode ser estimada com base em dados climáticos, como temperatura do local e velocidade dos ventos, na quantidade de chuvas, na irrigação necessária, nas características do vegetal e no volume de água necessário para diluir os poluentes utilizados na plantação, para que os cursos d’água próximos se mantenham com a mesma qualidade exigida pela legislação local.
No cálculo da pegada de água da cevada, por exemplo, dividem-se os 190 bilhões de metros cúbico de água consumidos anualmente pela produção de mais de 146 mil toneladas de cevada e chega-se ao valor de 1.300 litros de água por quilo.
PEGADA DE UM PRODUTO DERIVADO DA PECUÁRIA OU DAS PLANTAÇÕES: A pegada de água do produto de origem (a colheita ou o animal) é dividida entre seus produtos derivados.
Por exemplo, a pegada do arroz integral (produto processado) é igual à pegada do arroz em casca (produto de origem) dividida pela quantidade de arroz integral que se consegue obter por tonelada de arroz em casca processado. No caso da soja que se transforma tanto em óleo quanto em farinha, é importante saber qual a quantidade de soja é destinada para cada um dos dois produtos para que a pegada de água seja dividida de forma proporcional entre eles.
Com esse critério, a maior parte da pegada de água de um hambúrguer (2.400 litros) se refere à água proveniente da alimentação do boi (15.300 litros por quilo, ou 2.295 litros para a média de 150g de um hambúrguer). Assim como a pegada de água de 75 litros por 250 ml cerveja se deve, principalmente, à produção da cevada.
A pegada de uma camiseta de algodão(2.700 litros), de aproximadamente 250 gramas, também vem, principalmente, da plantação de algodão: 45% está na irrigação, 41% na absorção de água da chuva o crescimento da plantação e apenas 14% na diluição dos resíduos de fertilizantes utilizados na safra e dos produtos químicos da indústria têxtil.
CONSUMO CONSCIENTE
A partir da informação sobre a pegada de água de cada produto, é possível fazer escolhas de consumo com mais consciência. Tomar café ou chá, por exemplo, gera impactos bem diferentes: enquanto são necessários 140 litros de água para produzir um xícara de café de 125 ml, uma xícara de chá com 250 ml demanda apenas 30 litros.
Exigir que os fabricantes informem a origem dos produtos que estão na prateleira do supermercado também pode nos ajudar a optar por aqueles que estejam abaixo de sua média global de pegada de água ou, pelo menos, que sejam produzidos em locais onde não há escassez de água.

Segundo o coordenador de comunicação e articulação da ANA, Antônio Felix Domingues, ainda não é praxe no Brasil medir a pegada de água dos produtos. Ele prefere apostar na cobrança de empresas pelo uso da água e na exigência de certos níveis tecnológicos no processo produtivo como medida de economia do recurso na cadeia dos bens produzidos. "Ainda desperdiçamos demais, mas é possível aumentar a produção gastando menos água".

terça-feira, 16 de setembro de 2014

“Mudança climática já é irreversível”, diz relatório da ONU.


A mudança climática é uma realidade e já se tornou irreversível. A conclusão é de um grande relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), que será publicado oficialmente em novembro, mas que vazou para a imprensa nesta semana.
“A emissão contínua de gases de efeito estufa provocará um maior aquecimento e, de longo prazo, mudanças em todos os componentes do sistema climático, aumentando a probabilidade de um impacto severo, generalizado e irreversível para as pessoas e os ecossistemas”, diz o relatório.
Se as emissões de gases de efeito estufa não forem limitadas, “há riscos de a mudança climática ser alta ou muito alta até o final do século XXI”. Além disso, os especialistas advertem que é provável que, em breve, as temperaturas subam mais de 2 graus Celsius em relação à média, chegando a uma variação de até 3,7 graus.
Outra conclusão do relatório é a de que os esforços para combater as alterações climáticas têm sido insuficientes. “As mudanças climáticas que já ocorreram tiveram impactos generalizados e consequentes sobre os sistemas naturais e humanos.”

O relatório de 127 páginas resume outros três relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Como o documento será lançado em novembro, após uma conferência da ONU em Copenhague, ele ainda pode sofrer alterações.

domingo, 10 de agosto de 2014

Usina vai transformar em gás natural lixo produzido por oito municípios do Rio

A Usina de Tratamento de Biogás do Aterro Dois Arcos, inaugurada na segunda-feira (4/8) pelo governo do Rio em São Pedro da Aldeia, em conjunto com as empresas Osafi e Ecometano, vai transformar em gás natural cerca de 600 toneladas de lixo produzidas diariamente por oito municípios da Região dos Lagos, que formam o consórcio que construiu o aterro sanitário. São eles: São Pedro da Aldeia, Búzios, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Araruama. O projeto recebeu investimento de R$ 18 milhões.
A usina ainda não está ligada à rede da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG-Rio), e, até que o gasoduto seja construído, o biogás produzido no local será comprimido e entregue a um consumidor industrial. Também nesta fase inicial, o gás obtido vai abastecer os caminhões que fazem o recolhimento do lixo e os veículos da própria companhia, que funcionarão com gás natural veicular (GNV).
“Depois, quando o gasoduto estiver pronto – são quatro quilômetros, que devem ficar prontos entre março e abril de 2015 – este gás vai ser misturado com gás da CEG-Rio”, adiantou a coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins. A distribuição do produto aos consumidores será feita sem custos adicionais, segundo ela. “O consumidor não vai distinguir que está consumindo uma mistura [de gás natural e biogás], nem tem mudança no preço”. De início, a produção diária será de 6 mil metros cúbicos de gás e, em oito anos, deve chegar a 20 mil metros cúbicos, com produção estimada de 5 milhões de metros cúbicos de biogás purificado por ano.
Maria Paula lembrou os benefícios ao meio ambiente e disse que a usina vai evitar o lançamento na atmosfera de cerca de 470 mil toneladas de dióxido de carbono até 2020 e poderá gerar créditos de carbono, que serão emitidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Tem um aproveitamento nobre. O setor energético é caro, e a gente acaba usando [o lixo] de forma produtiva para a empresa”, avaliou.
De acordo com o pesquisador do Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciano Basto, o Brasil economizaria cerca de R$ 32 bilhões por ano se reaproveitasse todo o lixo produzido. Se a conta incluir os resíduos da pecuária confinada e da agricultura, a economia ultrapassaria R$ 100 bilhões anuais.

O tratamento e destinação adequadas dos resíduos também resolvem questões sanitárias. O gás que seria naturalmente produzido e iria poluir a atmosfera é armazenado para aproveitamento energético. Na forma de gás, como produzido na Usina de Tratamento de Biogás do Aterro Dois Arcos, a utilização é bastante flexível, segundo Basto. “Pode servir para geração elétrica no local ou fora, transportado por caminhões; para fins veiculares; e até para injeção na tubulação de gás que distribui pelo estado. Aí, pode ser usado para comércio, indústria, residência”, listou.
Na avaliação do pesquisador da Coppe-UFRJ, o caminho economicamente viável e ambientalmente mais adequado “é pensar na substituição de combustível veicular, porque o Brasil é importador de diesel e gasolina, que podem ser substituídos por biometano”. De acordo com Batso, este gás tratado é competitivo do ponto de vista financeiro na comparação com combustíveis líquidos. “Para a balança comercial do país, pode ser muito interessante e mais vantajoso esse caminho”, disse à Agência Brasil. O combate ao desperdício, por meio da substituição de combustíveis importados, seria um ganho de produtividade imediato, segundo o pesquisador.

Apesar das vantagens dos aterros, Basto destacou que, como os resíduos sólidos são um problema que a sociedade tem que resolver com urgência, é preciso buscar novas tecnologias de tratamento para substituição dos aterros, que são difíceis de licenciar. A partir daí, segundo o pesquisador, poderá haver sistemas de biodigestão que comecem tratando o lixo, mas sirvam também para os resíduos da pecuária confinada e da agricultura. “Isso se caracteriza como um mercado gigantesco no Brasil, que sempre continuará a ser produtor e exportador de produtos agropecuários”, avaliou. (Fonte: Agência Brasil)

domingo, 3 de agosto de 2014

Brasil compensa dez vezes mais emissão de carbono no Mundial

O Brasil compensou quase dez vezes mais do que as projeções de emissões diretas de gases de efeito estufa geradas pela Copa do Mundo FIFA 2014 – número de gols que a Seleção levou apenas nos últimos dois jogos da competição. Com o encerramento, na última semana, de chamada pública do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foram compensadas 545,5 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2eq), unidade de medição das substâncias que interferem no aquecimento global. O número supera as 59,2 mil tCO2eq estimadas para atividades como obras, uso energético nos estádios e deslocamento de veículos oficiais.
A compensação decorreu da doação de créditos de carbono em resposta à chamada pública do MMA. O edital ficou aberto por três meses e teve a adesão de 16 empresas detentoras de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), os créditos de carbono, que são projetos brasileiros de compensação de emissões certificados pelas Nações Unidas. Nas operações, as RCEs foram canceladas das contas dos participantes de projetos com o objetivo de garantir que elas não sejam usadas futuramente para outros fins.
Legislação - A compensação não envolveu qualquer transação financeira e atende à responsabilidade ambiental amparada pela legislação brasileira. A ação do governo federal alinhada à iniciativa privada está prevista pelo Artigo 65 da Lei Geral da Copa. Conforme o dispositivo legal, as empresas que aderiram à chamada pública receberam o Selo Baixo Carbono. Além disso, as companhias foram incluídas em listagem organizada pelo poder público como doadoras oficiais de créditos de carbono do Mundial.
Inventário coordenado pelo MMA contabiliza as projeções de emissões do Mundial. De acordo com o documento, a Copa pode ter gerado o total de 1,406 milhão de tCO2eq, quando consideradas as emissões diretas e as indiretas. Desse total, a maioria teria sido gerada indiretamente pelo transporte aéreo internacional (87,1%) e nacional (9,2%). O restante se divide entre hospedagem (1,8%), obras (0,5%) e operações (1,4%). Até o fim do ano, será concluído um inventário definitivo com o número consolidado de emissões geradas pela Copa.

Saiba mais – O Protocolo de Kyoto, acordo internacional com metas de redução de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, criou um mercado voltado para a criação de projetos de diminuição da liberação desses gases na atmosfera. Os projetos desenvolvidos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) geram RCEs, também conhecidas popularmente como créditos de carbono.

Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia. (Fonte: MMA)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Conceitos de Educação Ambiental.

"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º.

“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.” Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°.

“A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.” Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária – Chosica/Peru (1976).

“A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida”. Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977).

“A Educação Ambiental deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias; para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente, seja físico-natural ou construído, ou seja, educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambiental pública.”. QUINTAS, J. S. Salto para o Futuro, 2008.

“A Educação Ambiental nasce como um processo educativo que conduz a um saber ambiental materializado nos valore séticos e nas regras políticas de convívio social e de mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da apropriação e do uso da natureza. Ela deve, portanto, ser direcionada para a cidadania ativa considerando seu sentido de pertencimento e corresponsabilidade que, por meio da ação coletiva e organizada, busca a compreensão e a superação das causas estruturais e conjunturais dos problemas ambientais.” SORRENTINO et all, Educação ambiental como política pública, 2005.

“A Educação Ambiental, apoiada em uma teoria crítica que exponha com vigor as contradições que estão na raiz do modo de produção capitalista, deve incentivar a participação social na forma de uma ação política. Como tal, ela deve ser aberta ao diálogo e ao embate, visando à explicitação das contradições teórico-práticas subjacentes a projetos societários que estão permanentemente em disputa.”  TREIN, E., Salto para o Futuro, 2008.

“A EA deve se configurar como uma luta política, compreendida em seu nível mais poderoso de transformação: aquela que se revela em uma disputa de posições e proposições sobre o destino das sociedades, dos territórios e das desterritorializações; que acredita que mais do que conhecimento técnico-científico, o saber popular igualmente consegue proporcionar caminhos de participação para a sustentabilidade através da transição democrática”.  SATO, M. et all, Insurgência do grupo-pesquisador na educação ambiental sociopoiética, 2005.

“Um processo educativo eminentemente político, que visa ao desenvolvimento nos educandos de uma consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos e respectivos conflitos socioambientais. Busca uma estratégia pedagógica do enfrentamento de tais conflitos a partir de meios coletivos de exercício da cidadania, pautados na criação de demandas por políticas públicas participativas conforme requer a gestão ambiental democrática.”  LAYRARGUES; P.P. Crise ambiental e suas implicações na educação, 2002.


"Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política." MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante. 2003.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

ONU apresenta ações específicas para frear aquecimento global.

A ONU apresentou nesta terça-feira (8/7) um relatório encomendado a analistas internacionais que detalha ações específicas que devem ser aplicadas pelos países para manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus centígrados.
O documento é uma tentativa de estabelecer objetivos claros para as negociações sobre a mudança climática do próximo ano e procura facilitar as vias para que a comunidade internacional cumpra os objetivos já fixados.
“O mundo se comprometeu a limitar o aquecimento abaixo dos 2 graus, mas não se comprometeu com as formas práticas para cumprir esse objetivo”, explicou o pesquisador da Universidade de Colúmbia e um dos responsáveis pelo relatório, Jeffrey Sachs.
Segundo os autores do texto, alcançar esta meta exige uma “enorme transformação”, mas é possível se os países se comprometerem.
A estratégia que propõem se baseia em três pilares: uma maior eficiência energética em todos os setores, o impulso de fontes renováveis e da energia nuclear para a produção de eletricidade e a substituição dos combustíveis fósseis em transporte, calefação e indústria.
Os cientistas consideram que uma mudança das temperaturas globais acima dos 2 graus poderiam provocar problemas graves e irreversíveis na Terra.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assistiu a apresentação do relatório e pediu que os governos adotem medidas contundentes.

Ban lembrou que os países podem usar diferentes combinações para alcançar estes objetivos, mas ressaltou que “todos devem embarcar na mesma viagem” para combater a mudança climática. (Fonte: ONU – BR).

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Florestas podem reduzir pobreza e promover desenvolvimento rural, diz FAO.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) na segunda-feira (23/06) salientou o importante papel das florestas na redução da pobreza e na promoção do desenvolvimento, apelando aos governos que apostem em políticas que potenciem estas contribuições.
Em relatório apresentado na segunda-feira em Roma, por ocasião da 22ª Sessão do Comitê da FAO para as Florestas, a organização internacional defendeu que os países devem apostar em políticas destinadas a manter e a potencializar as contribuições das florestas para os meios de subsistência, a alimentação, a saúde e a energia. Para isso, a FAO defende que os países devem colocar “as pessoas no centro das políticas florestais”.
O documento, intitulado O Estado das Florestas do Mundo (Sofo, da sigla em itálico), salienta que “uma parte significativa da população mundial depende, muitas vezes em grande medida, dos produtos florestais para satisfazer as suas necessidades básicas de energia, habitação e alguns aspectos de cuidados de saúde primários”.
“Esta edição do Sofo incide sobre os benefícios socioeconômicos provenientes das florestas. É impressionante ver como as florestas contribuem para as necessidades básicas e os meios de vida rurais. As florestas também sequestram carbono e preservam a biodiversidade”, afirmou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, citado na mesma nota informativa.
No entanto, o relatório concluiu que, em muitos casos, estes benefícios socioeconômicos, que passam pela redução da pobreza, pelo desenvolvimento rural e pela criação de economias mais verdes, “não são abordados de forma adequada pelas políticas florestais”.
O documento alerta igualmente que o papel das florestas para a segurança alimentar, considerado pela FAO como “essencial”, também é frequentemente esquecido.

“Deixem-me dizer isto claramente: não podemos garantir a segurança alimentar ou o desenvolvimento sustentável sem a preservação e a utilização responsável dos recursos florestais”, reforçou José Graziano da Silva. (Fonte: Agência Brasil).

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Um passo a frente para novo acordo de clima

Tasso Azevedo - 16/06/2014, Planeta Sustentável.
Terminou neste sábado, 15/6, em tom surpreendentemente otimista mais uma rodada de reuniões de formulação e negociação do novo acordo sobre mudanças climáticas que reuniu durante duas semanas, em Bonn, na Alemanha, delegados de 185 países, além de representantes organismos internacionais e mais de duas centenas de organizações não-governamentais. A rodada de reuniões aconteceu sob o impacto positivo das últimas iniciativas anunciadas na China e nos EUA, com compromissos unilaterais de mitigação de emissões.
Os dois países que respondem juntos por cerca de 1/3 das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) e sua movimentação durante o encontro parecem ter injetado uma pitada de otimismo com relação ao nível de ambição que pode ser alcançado no novo acordo global.
Apesar da realização de uma série de eventos paralelos como as reuniões do SBSTA (Subsidiary Body for Scientific and Technological Advice) e o SBI (Subsidiary Board of Implementation), as atenções voltaram-se principalmente para as reuniões do Grupo de Trabalho da Plataforma de Durban (ADP) que tem dois mandados: – desenvolver protocolo, outro instrumento com força legal nos termos da Convenção aplicável a todas as partes, para ser concluído até 2015, a fim de que ela seja aprovada na 21ª sessão da Conferência das Partes (COP) e para que possa entrar em vigor e ser implementada a partir de 2020; e – identificar e explorar opções para fechar a lacuna de ambição das ações de mitigação até 2020 e a necessidade de redução das emissões requerida pela ciência.
O avanço das negociações e o clima favorável em Bonn permitiram acordar que uma primeira versão do documento – com a proposta de elementos para o novo acordo global de clima – seja proposta e apresentada para negociação pelos presidentes do grupo de trabalho em julho próximo, de forma que o debate possa ser adiantado e permita que, na COP 20, a ser realizada no Peru em dezembro, possamos efetivamente chegar à estrutura e aos elementos do novo acordo. Um dos pontos fundamentais para se chegar ao acordo em 2015 é a compatibilização do nível de ambição dos países para contribuir com a mitigação das emissões, a adaptação e o financiamento das ações nos países em desenvolvimento.
Até 31 de março de 2015, os países devem submeter suas contribuições voluntárias de forma que se tenha tempo de avaliar a lacuna existente entre a soma das contribuições dos países e a necessidade prevista pelos cenários da ciência, descritos no 5º Relatório do IPCC, que terá sua última parte lançada em outubro próximo. Para que esta análise seja possível, é fundamental que as ações dos países sejam consistentes e comparáveis entre si e, portanto, é imprescindível que se acorde um conjunto de parâmetros de conteúdo e formato. Esta conversa começou a avançar nas duas últimas semanas em Bonn e os sinais são alvissareiros para um bom acordo sobre estes parâmetros, durante a COP20.

Outro destaque da semana em Bonn foram os eventos de debate sobre as ações que podem ser feitas pelas cidades e no uso do solo para mitigar as emissões. Neste tema, o Brasil se destacou, sendo o primeiro país a protocolar estudo completo sobre como medir a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal.

                                  Tabela com as datas dos eventos importantes

domingo, 20 de abril de 2014

PUBLICIDADE DIRIGIDA ÀS CRIANÇAS DEVE ACABAR IMEDIATAMENTE (ALANA)


Publicada no Diário Oficial da União, Resolução 163 do Conanda, de 13 de março de 2014, considera abusiva toda publicidade direcionada às crianças. 
O texto diz que “a prática do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” é abusiva e, portanto, ilegal segundo o Código de Defesa do Consumidor.
A resolução lista os seguintes aspectos que caracterizam a abusividade:
-       linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores;
-       trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança;
-       representação de criança;
-       pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;
-       personagens ou apresentadores infantis;
-       desenho animado ou de animação;
-       bonecos ou similares;
-       promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil;
-       promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil.
Com a resolução, a partir de hoje fica proibido o direcionamento à criança de anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e sites, embalagens, promoções, merchandising, ações em shows e apresentações e nos pontos de venda.
O texto versa também sobre a abusividade de qualquer publicidade e comunicação mercadológica no interior de creches e escolas de educação infantil e fundamental, inclusive nos uniformes escolares e materiais didáticos.
Para o Conanda, composto por entidades da sociedade civil e ministérios do governo federal, a publicidade infantil fere o que está previsto na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código de Defesa do Consumidor.
O Instituto Alana integra o Conanda, na condição de suplente, e contribuiu junto aos demais conselheiros na elaboração e aprovação desse texto.

“A partir de agora, temos que fiscalizar as empresas para que redirecionem ao público adulto toda a comunicação mercadológica que hoje tem a criança como público-alvo, cumprindo assim o que determina a resolução do Conanda e o Código de Defesa do Consumidor”, afirma Pedro Affonso Hartung, conselheiro do Conanda e advogado do Instituto Alana. “É um momento histórico. Um novo paradigma para a promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente no Brasil”, comemora o instituto Alana.

É uma vitoria muito importante contra os abusos da publicidade infantil e principalmente no consumismo das crianças que cresce em proporções assustadoras no Brasil. Estaremos discutindo mais a fundo com postagens de outros artigos sobre o assunto. Aguardem...

sábado, 5 de abril de 2014

Brasil se torna referência mundial no combate ao aquecimento global

O Brasil se tornou um dos países mais preparados no combate aos avanços e impactos do aquecimento global. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) divulgado em Yokohama, no Japão, revelou que todas as nações estão sujeitas aos efeitos do possível aumento da temperatura global. As medidas e políticas adotadas ao longo dos anos em território nacional, no entanto, colocam o Brasil em papel de destaque diante da comunidade internacional.

A queda nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) demonstra essa liderança. Sozinho, o Brasil reduziu, em 2010, o dobro dos índices verificados por todos os países desenvolvidos, agrupados no Anexo 1 do Protocolo de Kyoto, acordo internacional que estabelece metas de corte na liberação de gases na atmosfera. Além disso, a redução de GEE gerada pelo controle do desmatamento em apenas um ano equivale às emissões totais anuais de locais como a Espanha e o Reino Unido.

Batizado de Sumário para os Formuladores de Políticas, o relatório do IPCC enfatiza que as mudanças climáticas poderão afetar e trazer prejuízos para o mundo todo. A pesquisa feita por representantes de diversas nacionalidades, inclusive brasileiros, atenta para os impactos tanto ambientais quanto humanos. “É um questão global que tem de ser tratada seriamente pelas Nações Unidas”, salienta o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink. “Mesmo os países que estão bastante preparados vão sofrer as consequências”.

Adaptação - O relatório do IPCC destaca, entre outros aspectos, medidas de adaptação como os acordos de cooperação e as ações voltadas para a agropecuária desenvolvidas na América do Sul. No Brasil, as iniciativas incluem investimentos como os do Fundo Amazônia e do Fundo Clima e a adoção de nove planos setoriais de mitigação e adaptação em setores variados, entre eles indústria, transportes e controle de desmatamento na Amazônia e no Cerrado.

Além disso, deve ser concluído, até o fim do ano, o Plano Nacional de Adaptação, compilado de ações em 10 áreas. Saúde pública e prevenção de desastres naturais são alguns dos temas que integrarão o plano e já se encontram em execução. “Está sendo feito um mapeamento de vulnerabilidade e de quais as metodologias, os custos e projeções econômicas para essas questões”, explica Klink.

A participação popular será fundamental no processo. Depois de submetida e aprovada pelo Grupo Executivo (GEx) do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), a primeira versão do Plano Nacional de Adaptação passará por consulta pública. “Ao trabalhar a adaptação, é preciso considerar a vulnerabilidade econômica e social e a resiliência, um conceito novo para o público”, observa o secretário.


Saiba mais – Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura e a pecuária. (Fonte: MMA)

sexta-feira, 7 de março de 2014

TEA Brasil contribui com o projeto Padrões de Atendimento Fiat na concessionária da Vime de Guaxupé e São José do Rio Pardo.

PADRÕES DE ATENDIMENTO FIAT.
Nestes novos tempos, alguns paradigmas se fazem presentes como o foco do cliente, segmentação de mercado, o atendimento às necessidades de cada tipo de cliente, a qualidade dos serviços prestados (respostas rápidas as suas solicitações) e a valorização do potencial humano das concessionárias, são fatores preponderantes ao objetivo que todos desejam alcançar, que é o sucesso e a continuidade do negócio concessionária FIAT.
O projeto é um modelo de gestão desenvolvido pela FIAT do Brasil e implantado na rede de concessionárias FIAT. Visa implantar o modelo de Gestão por Processos e tem como foco o atendimento, a qualidade e a lucratividade.
Utiliza o SQF (Sistema de Qualidade Fiat), como ferramenta metodológica e suporte, especialmente desenvolvida para ser utilizada na implantação do projeto. Atua através de melhoria contínua e tem como fator de sustentabilidade os bons resultados obtidos, concretizando assim, o ciclo de vida do cliente.
O Blog TEA Brasil contribuiu através de palestras na parte ambiental do projeto.

MACRO PROCESSO DO MEIO AMBIENTE

Objetivo
Tem o objetivo de melhorar a qualidade dos processos, atendimento e serviços de forma sustentável ao longo do tempo, introduzindo os conceitos ambientais na Rede de Concessionárias.
A concessionária necessita preocupar com a qualidade do seu ambiente proporcionando um local agradável para seus funcionários e clientes.
A concessionária necessita possuir um sistema de coleta seletiva, racionalizar o uso dos recursos energéticos,  racionalizar o uso dos recursos hídricos e promover ações relacionadas à preocupação com o meio ambiente.
A COMO:
 Criar cartilhas para distribuição ao público.
 Produzir pequenos sacos de lixos para colocação dentro dos veículos.
 Criar faixas, cartazes e outdoor valorizando o meio ambiente, nas datas comemorativas.
 Promover, ações periodicamente, com doação de mudas de espécies nativas;

Promover palestras sobre os principais temas ambientais em discussão (efeito estufa, aquecimento global, desmatamento etc). Concessionária necessita desenvolver práticas de educação ambiental.   Palestras – TEABrasil.

Fotos das palestras:

São José do Rio Pardo - SP













Guaxupé MG




sábado, 11 de janeiro de 2014

PARTICIPEM DESSA LUTA.

Dentre as pessoas que provaram álcool, o porcentual de adolescentes que confessaram ter bebido nos últimos 12 meses é maior do que o número de adultos, 71% e 64%, respectivamente. Enquanto a maioria dos jovens de 16 e 17 anos bebe geralmente na companhia de amigos, é com a família que 44% dos adolescentes de 12 e 13 anos costumam ingerir as bebidas alcoólicas. A pesquisa mostra que a idade do primeiro gole é cada vez mais cedo. Os adultos confessam que começaram a beber com 15 anos, os adolescentes reconheceram que, na média, iniciaram com quase 14 anos. Mas admitem que deveriam começar a beber só depois da maioridade.

Um dos motivos está na mídia, pois a restrição para a publicidade só é aplicada às bebidas com teor alcoólico superior a 13 graus Gay-Lussac. As cervejas em especial são as principais beneficiárias, e as crianças e jovens arcam com as consequências dessa superexposição.

Fonte: Alana.

Para pressionar o congresso assine a petição no link: