segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CHEVRON E GRANDE MÍDIA (PIG) ESCONDEM O VAZAMENTO DE PETROLEO.

Dia 10/11, quando toda a mídia nacional se voltava para o depoimento do Ministro na Camara, uma pequena nota da Agência Estado registrava:
“A unidade brasileira da petroleira norte-americana Chevron informou que está trabalhando para conter um vazamento no campo Frade, na Bacia de Campos. “O vazamento se deve a uma rachadura no solo do oceano. É um fenômeno natural”, disse Heloisa Marcondes, porta-voz da Chevron Brasil. “
Nos dias seguintes, toda a imprensa nacional empenhou-se a fundo para provar que o Ministro mentira.
E ninguém se mobilizou para saber o tamanho e a causa do vazamento da Chevron e a investigar o que se provou uma mentira – e escandalosa – da Chevron.
Ninguém da grande imprensa, porque a blogosfera, sem os meios e as facilidades que ela tem, lutou contra este encobrimento.
Não é possível que os editores de jornal, diante da notícia de que a Presidenta Dilma Rousseff, na sexta-feira, determinou uma investigação rigorosa do caso, achassem que o acidente era uma “porcariazinha” que vinha de “uma rachadurazinha” no fundo do mar.
Não foi, nos primeiros momentos, por ordens “de cima” que o caso foi, na prática, abafado. Foi, o desinteresse – e existiria furor se fosse o vazamento fosse da Petrobras - que deriva de uma deformação mental que considera o público necessariamente corrupto e incompetente, enquanto o privado é limpo e eficiente. Mais ainda, é claro, quando se trata de uma grande multinacional.
Formou-se uma espécie de “mancha mental”, com uma capa impermeável de obtusidade, que aceita como verdades incontestáveis o que dizem as grandes corporações privadas e a lógica do mercado. Nem mesmo as ONGs ambientalistas, na sua maioria, se agitaram. A imprensa publicava “releases”, nada mais.
Durante dias, sem piar, reproduziram-se os comunicados da Chevron, sem contraditório. A foto (única) do vazamento distribuída pela Chevron e a tirada hoje pela fotógrafa Márcia Foletto, de O Globo, mostra bem a diferença entre os faos e a versão da empresa.
Aliás, a Chevron não deu a mínima nem para a imprensa, nem para o Ibama e nem para a ANP.
Não ficaria supreso que seus funcionários tenham ficado sentados na sala de espera, aguardando para serem atendidos.
Aliás, o panorama só mudou porque entrou a Polícia Federal na história.
É curioso – e ao mesmo tempo terrível – que estejamos vivendo tempos de dupla moral e ética. Ao Estado e seus agentes – corretamente – é exigido um comportamento exemplar. Aos grandes grupos privados muito mais poderosos, é o vale tudo. (Tijolaço).
Onde estão os defensores da privatização? Herança da "privataria" dos tucanos.