domingo, 26 de agosto de 2012

ÁGUA


A revisora de pesquisas da mais importante revista inglesa de medicina e uma das mais respeitadas no mundo, a British Medical Journal, avaliou centenas de estudos sobre as bebidas para esportistas e concluiu que, além de não ter benefício algum, elas podem até prejudicar a saúde. Há décadas, maratonistas eram orientados a se hidratar com moderação, pois o peso extra de líquidos os tornaria mais lentos. Hoje, o conceito médico é de orientar a hiperidratação até antes de se iniciarem os exercícios. Por que isso mudou? Uma das conclusões do estudo é que a indústria dessas bebidas patrocinou pesquisas de baixa qualidade e associações médicas ligadas aos esportes, para que se criasse um falso conceito de que todo mal-estar provocado pelo esforço físico prolongado ocorre única e exclusivamente por desidratação, principalmente o fenômeno da hipertermia de que sofrem alguns atletas maratonistas.
A primeira medida foi minar o conceito de que o nosso corpo sabe quando precisamos de água e sal. Esse equilíbrio em nosso corpo é o mais primitivo e mais perfeito que existe. Desde que o primeiro organismo vivo existe ele precisou criar um mecanismo de equilíbrio entre o conteúdo intracelular e o ambiente extracelular. Isso se chama homeostase. Os organismos multicelulares precisaram criar um sistema que simulasse esse ambiente marítimo entre suas células, por isso a ­quantidade de sal que temos no sangue é próxima à da água do mar e é extremamente estável: qualquer mudança intensa ou brusca para cima ou para baixo no teor de sal do nosso sangue terá consequências catastróficas.
O estudo da BMJ descobriu que com a criação da maratona de Nova York houve um boom de atletas em todo o mundo e a indústria descobriu um novo nicho de negócios, suplementos e bebidas para ­esporte. Nos anos 60, a primeira bebida com sódio, potássio e açúcar foi desenvolvida especificamente para corredores por um nefrologista da Universidade da Flórida. Torcedor do time de futebol americano Gators, o doutor Robert Cade deu um toque de limão no drink e o nomeou Gatorade. Hoje, a indústria de bebidas esportivas fatura 1,6 bilhão de dólares e é dominada pela mesma que produz os refrigerantes, hoje condenados como causa da obesidade infantil e juvenil.
De acordo com os revisores dos estudos, tudo começou em 2005, quando o imbatível time de críquete da Austrália perdeu para a Inglaterra e o pesquisador de um estudo patrocinado pela Gatorade que estava em andamento com jogadores declarou à imprensa que 50% dos atletas terminaram a partida desidratados e por isso teriam perdido o jogo. A partir daí, uma enxurrada de estudos apareceu culpando a desidratação por quase tudo.
O grupo de revisores da BMJ avaliou todos os estudos enviados pelas empresas que produzem essas bebidas. Foram 106 trabalhos os analisados e 76 deles apresentavam graves falhas nas conclusões dos resultados. A dra. Cohen alerta que a grande maioria das orientações médicas feitas por entidades como a Associação Americana de Treinadores de Atletas e o Comitê Olímpico de Nutrição em Esportes é patrocinada pelas indústrias desses produtos. Além dos atletas, crianças e sedentários também recebem um bombardeio de informações errôneas divulgadas pela mídia leiga e especializada, de que essas soluções isotônicas são melhores que a água, e que não se pode confiar no mais primordial sentido de preservação, a sede.
Para os autores, tem ocorrido a criação de uma doença com fins mercantilistas. O uso abusivo de líquidos durante os exercícios também é perigoso, pois dilui o sal do corpo e provoca a hiponatremia, que pode levar a vômitos, dor de cabeça, cãibras e convulsões. Além do potássio e do sódio, as soluções são ricas em carboidratos e aumentam o risco de obesidade, e a falsa impressão de que essas bebidas são “fisiológicas” estimula seu consumo entre as crianças. Os autores da revisão chamam a atenção para a doença criada pela indústria de bebidas, que promove a hiperidratação. E recomendam: os atletas devem confiar não na propaganda, mas na sede.

domingo, 19 de agosto de 2012

Presidenta Dilma vetou 12 artigos no Código Florestal e fez 32 alterações por MP.


A presidente Dilma Rousseff vetou parcialmente o novo Código Florestal (PL 1876/99) aprovado pela Câmara dos Deputados e determinou 32 mudanças em trechos que, em linhas gerais, buscam anular a anistia a desmatadores, beneficiar o pequeno produtor e favorecer a preservação ambiental. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso, que pode derrubá-los.
Entre as alterações, 14 recuperam o texto do Senado, cinco são dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo, conforme informou o chefe da Advocacia-Geral da União, ministro Luis Inácio Adams.
O prazo para sanção presidencial do texto, que trata da preservação ambiental em propriedades rurais, vencia nesta sexta. Para suprir os vácuos jurídicos deixados com os vetos, o governo vai publicar uma medida provisória na segunda-feira (28) no Diário Oficial da União  juntamente com o Código Florestal.
Sem anistia a desmatadores
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o veto parcial foi feito para impedir a redução da proteção ambiental, para promover a restauração ambiental e para que todos pudessem fazer isso, sem anistia e sem regras flexibilizadas. A ministra argumentou que alguns pontos eram inconstitucionais ou ofereciam insegurança jurídica.
"Não vai ter anistia para ninguém, todos devem recompor áreas desmatadas, mas isso seguirá o tamanho das propriedades", reforçou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
A ministra ressaltou que o governo resgatou pontos do Código Florestal aprovados no Senado, mas derrubados na Câmara. Um deles diz respeito ao o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é um registro eletrônico no qual são reunidas todas as informações ambientais das propriedades rurais.
Izabella Teixeira informou que o agricultor terá de fazer o cadastro para obter financiamentos do governo. "Só vai ter acesso a crédito quem fizer o CAR e PRA [Programa de Regularização Ambiental] no prazo de cinco anos. Quem não fizer não terá acesso a crédito público."
A ministra também afirmou que não vai haver anistia aos desmatadores. De acordo com a ministra, quando o proprietário que tiver uma área a recompor se inscrever no Cadastro Ambiental Rural, a multa vai ser suspensa. Depois, ela só vai ser convertida quando for comprovada a restauração das matas.
Escalonamento da preservação
A medida provisória que será publicada escalona as áreas a serem reflorestadas de acordo com os tamanhos dos rios e das propriedades.
Uma das principais mudanças do governo no novo Código Florestal foi a ampliação da faixa que deverá ser reflorestada nas margens de rios em áreas de proteção ambiental (APPs). Os produtores rurais terão que recompor entre 5 e 100 metros de vegetação nativa das APPs nas margens dos rios, dependendo do tamanho da propriedade e da largura dos rios que cortam os imóveis rurais.
Veja a apresentação sobre os vetos e alterações no Código Florestal.
As novas regras vão substituir o Artigo 61 do código aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de abril. O texto só exigia a recuperação da vegetação de APPs ao longo de rios com, no máximo, 10 metros de largura. Ele não previa nenhuma obrigatoriedade de recuperação dessas áreas nas margens dos rios mais largos.
“Fizemos [a mudança] considerando o tamanho da propriedade, a largura de rio, o impacto da regularização no tamanho da propriedade; consideramos os fatores social e ambiental”, explicou a ministra Izabella Teixeira.
Para imóveis rurais com até 1 módulo fiscal (unidade de área que varia de 5 a 110 hectares, acordo com a região do País), o proprietário terá que recompor na APP uma faixa de 5 metros de largura a partir da calha do rio, independentemente do tamanho do curso d'água. Se houver outras APPs na propriedade, a área preservada não poderá ultrapassar 10% da área total do imóvel.
Nas propriedades entre 1 e 2 módulos fiscais, a faixa a ser reflorestada deverá ter 8 metros, qualquer que seja a largura do rio. Nos imóveis rurais entre 2 e 4 módulos fiscais, os proprietários terão que recuperar 15 metros. No caso de imóveis entre 4 e 10 módulos rurais, a largura da recomposição da mata nativa será 20 metros nas APPs ao longo de rios de até 10 metros de largura, e 30 metros a 100 metros nas margens de rios mais largos.
Grandes proprietários
Os grandes proprietários de terras, com imóveis com mais de 10 módulos fiscais, serão obrigados a recompor, no mínimo, faixas de 30 metros de largura nas APPs ao longo de pequenos cursos d'água (com 10 metros de largura) e entre 30 metros e 100 metros nas margens de rios maiores, com mais de 10 metros de largura.
A criação de escalas de recomposição, segundo o governo, vai garantir a maior preservação das margens de rios e beneficiar os pequenos agricultores. Segundo Pepe Vargas, os principais beneficiados serão os agricultores familiares. “Quem tem menos área de terra vai recompor menos e quem tem mais vai recompor mais APP. Estamos aqui estabelecendo um principio de justiça, preservando aqueles que produzem alimentos saudáveis, preservando o meio ambiente”
Segundo levantamento do governo, 65% dos imóveis rurais têm até um módulo fiscal e correspondem a 52 milhões de hectares e a 9% da área agrícola do País. Já as propriedades com até 4 módulos fiscais, designadas como de agricultura familiar, representam cerca de 90% dos imóveis rurais e 24% da área agrícola.
Para o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, as mudanças vão garantir a capacidade de produção e a segurança jurídica ao setor rural. "Esse não é o código dos ambientalistas, e não é o código dos ruralistas. Esse é o código daqueles que têm bom senso, daqueles que acreditam que o Brasil pode produzir com todo o respeito ao meio ambiente."
Bancada ruralista
O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista, afirmou que concorda com alguns pontos, como a definição das distâncias para margens de rios em pequenas propriedades: “É o que queríamos para as áreas consolidadas.”
Ele informou que na segunda-feira (28) à tarde a bancada ruralista pretende se reunir para avaliar o texto completo dos vetos.
Ambientalistas
Já o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) ainda vai analisar de forma mais aprofundada os vetos, mas disse considerá-los positivos: “Foi aprovada na Câmara uma versão aberrante, com um exagero de agressões ao meio ambiente.”

domingo, 12 de agosto de 2012

Estudo sobre mudanças climáticas pretende fazer céticos mudarem de ideia.


A superfície da Terra ficou 1,5ºC mais quente nos últimos 250 anos e o aumento de temperatura se deve quase inteiramente ao homem, revela um estudo científico. O estudo foi feito para analisar as dúvidas dos céticos climáticos que questionam a afirmação de que o aquecimento global induzido pelo homem está ocorrendo.
O professor Richard Muller, físico e cético das mudanças climáticas que fundou o projeto Berkeley da Temperatura da Superfície Terrestre (Best, na sigla em inglês), disse ter ficado surpreso com as descobertas.
“Não esperávamos isso, mas, como cientistas, é nosso dever deixar que as evidências mudem nossas opiniões.” Ele acrescentou que agora se considera um “cético convertido” e que suas opiniões sofreram uma “reviravolta total” em um prazo curto de tempo.
“Nossos resultados mostram que a temperatura média da superfície da Terra subiu 2,5ºF nos últimos 250 anos, incluindo uma elevação de 1,5ºC ao longo dos últimos 50 anos. Ademais, parece provável que toda essa elevação tenha resultado por causa das emissões humanas de gases estufa”, escreveu Muller em artigo para o “New York Times”.
A equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley colheu e fundiu 1,4 milhão de observações de temperatura terrestre de 44.455 locais em todo o mundo, datadas de a partir de 1753.
Os conjuntos anteriores de dados criados pela Nasa, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA, o Escritório Meteorológico britânico e a unidade de pesquisas climáticas da Universidade de East Anglia vinham desde apenas meados do século 19 e eram baseados em um quinto da quantidade de registros de estações meteorológicas.
O financiamento do projeto incluiu US$ 150 mil da Fundação Beneficente Charles G. Koch, criada pelo bilionário magnata americano do carvão Charles Koch, que é um dos apoiadores principais do “think tank” Instituto Heartland, cético das mudanças climáticas. A pesquisa também recebeu US$ 100 mil do Fundo para Pesquisas Climáticas e Energéticas Inovadoras, criado por Bill Gates.
Diferentemente de esforços anteriores, os dados de temperatura obtidos de fontes diversos não foram homogeneizados à mão, algo que tinha suscitado uma das críticas principais dos céticos climáticos. Ao invés disso, a análise estatística foi “completamente automatizada para reduzir o viés humano”. A equipe do Best concluiu que, apesar de sua análise mais profunda, suas conclusões corresponderam de perto às reconstruções anteriores da temperatura, “só que com incerteza reduzida”.
Em outubro passado a equipe do Best publicou resultados indicando que temperatura terrestre global média subiu cerca de 1ºC desde meados da década de 1950. Mas a equipe não procurou possíveis impressões digitais que explicassem esse aquecimento.
A análise mais recente chegou a um passado muito mais distante, mas, crucialmente, também procurou a mais provável causa da elevação da temperatura. Ela analisou o impacto aquecedor da atividade solar – uma teoria popular entre os céticos climáticos -, mas constatou que, nos últimos 250 anos, a contribuição do Sol tem “correspondido a zero”.
Constatou-se que erupções vulcânicas provocaram quedas curtas na alta da temperatura no período de 1750-1850, mas “apenas análogos fracos” no século 20.
“Para minha grande surpresa, de longe a melhor correspondência foi com o registro do dióxido carbônico atmosférico, medido em amostras atmosféricas e em ar preso no gelo polar”, disse Muller. “Embora isto não comprove que o aquecimento global seja causado por gases estufa emitidos pelo homem, neste momento essa é a melhor explicação que encontramos. Outras teorias alternativas terão que superar esta explicação.”
“Transparência total” – Muller disse que as conclusões de sua equipe vão mais longe e são mais fundamentadas que o relatório mais recente lançado pelo Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas.
Numa iniciativa não convencional que visa apaziguar os céticos climáticos, pelo fato de permitir “transparência total”, os resultados foram divulgados publicamente pelo “Journal of Geophysical Research” antes de serem submetidos a uma revisão por pares.
Todos os dados e análises se encontram no site da Best, onde podem ser estudados livremente. Isso segue o padrão adotado por resultados anteriores obtidos pelo Best, nenhum dos quais até agora foi publicado em periódicos submetidos a revisão por pares.
Quando o projeto Best foi anunciado, no ano passado, o conhecido blogueiro cético climático Anthony Watts foi consultado sobre a metodologia. Ele declarou na época: “Estou disposto a aceitar qualquer resultado que eles produzirem, mesmo que ele desminta minhas premissas”. Desde então, contudo, surgiram tensões entre Watts e Muller.
Os primeiros indicativos sugerem que é pouco provável que os céticos climáticos aceitem plenamente os resultados mais recentes do Best. A professora Judith Curry, climatologista do Instituto Georgia de Tecnologia, diretora de um blog popular entre céticos climáticos e membro consultivo da equipe Best, disse ao “Guardian” que o método usado para atribuir o aquecimento às emissões humanas foi “simplista e nada convincente, em minha opinião”.
Ela acrescentou: “Não creio que esta pergunta possa ser respondida com as curvas simples usadas neste artigo, e não creio que o artigo acrescente qualquer coisa à nossa compreensão das causas do aquecimento recente”.
“Bastão de hóquei” - O professor Michael Mann, paleoclimatologista da Universidade Penn State que vem enfrentando hostilidade de céticos climáticos por seu famoso gráfico do “bastão de hóquei”, mostrando uma elevação rápida das temperaturas no século 20, disse que saúda os resultados do Best, já que “demonstram de novo algo que os cientistas sabem com algum grau de certeza há quase duas décadas”.
Ele acrescentou: “Aplaudo Muller e seus colegas por agirem como agiria qualquer cientista digno, seguindo o rumo indicado por suas análises, sem levar em conta possíveis repercussões políticas. Em função do que descobriram, eles certamente serão criticados pela turma dos negadores profissionais das mudanças climáticas.”
Muller disse que a análise de sua equipe sugere que a temperatura da superfície terrestre vai subir 1,5ºC nos próximos 50 anos, mas que, se a China continuar com seu crescimento econômico acelerado e seu consumo enorme de carvão, o mesmo aquecimento poderá ocorrer em menos de 20 anos.
“A ciência é aquele campo estreito de conhecimento que, em princípio, é universalmente aceito”, escreveu Muller. “Iniciei esta análise para encontrar respostas a perguntas que, a meu ver, não tinham sido respondidas ainda”, disse.
“Espero que a análise Berkeley Earth ajude a resolver as divergências científicas com relação ao aquecimento global e suas causas humanas. A parte difícil virá em seguida: chegar a um acordo, envolvendo todo o espectro político e diplomático, sobre o que pode e deve ser feito.” (Fonte: ambiente sustentável)

sábado, 4 de agosto de 2012

Supertempestade solar pode matar milhões, diz relatório nos EUA


Uma gigantesca liberação de partículas geomagnéticas vindas do Sol poderia destruir mais de 300 dos 2.100 transformadores de alta voltagem que são a espinha dorsal da rede elétrica dos EUA, segundo a Academia Nacional de Ciências norte-americana.
O Sol está entrando em um período de atividade intensa, conhecido como “máximo solar”, que deve atingir seu auge em 2013. Por isso, há um ímpeto por parte de um grupo de agências federais para buscar maneiras de preparar os EUA para uma grande tempestade solar nesse ano.
Especialistas dos EUA estimam em até 7 por cento o risco de uma grande tempestade em 2013. Pode parecer pouco, mas os efeitos seriam tão amplos – semelhantes à colisão com um grande meteorito – que o fato tem atraído a atenção das autoridades.
Apagões isolados podem causar caos, como ocorreu em julho, na Índia, quando mais de 600 milhões de pessoas ficaram sem energia durante várias horas em dois dias consecutivos. Já um blecaute de longa duração, como o que poderia acontecer no caso de uma enorme tempestade solar, teria efeitos mais profundos e custosos.
Há discordâncias sobre o custo, mas especialistas do governo dos EUA e da iniciativa privada admitem que se trata de um problema complexo, que exige uma solução coordenada.
Um relatório da Academia Nacional de Ciências estimou que cerca de 365 transformadores de alta voltagem no território continental dos EUA poderiam sofrer falhas ou danos permanentes, que exigiriam a substituição do equipamento.

A troca poderia levar mais de um ano, e o custo dos danos no primeiro ano após a tempestade poderia chegar a dois trilhões, disse o relatório. As áreas mais vulneráveis ficam no terço leste dos EUA, do Meio-Oeste à costa atlântica, e no Noroeste do país.
A rede elétrica nacional foi construída ao longo de décadas para transportar a eletricidade ao preço mais baixo entre os locais de geração e consumo. Uma grande tempestade solar tem a capacidade de derrubar a rede, segundo o relatório dos cientistas.
De acordo com estimativas do relatório, mais de 130 milhões de pessoas nos EUA poderiam ser afetadas. Andres disse que no pior cenário a cifra de mortos poderia chegar a milhões.
Outros países também sentiriam o impacto se uma supertempestade solar atingisse seu sistema de energia, mas o dos EUA é tão amplo e interconectado que qualquer grande impacto teria resultados catastróficos no país. (Fonte: Portal iG)