Movimentos
sociais e populares, sindicatos, povos, organizações da sociedade civil e
ambientalistas de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por
Justiça Social e Ambiental, vivenciaram nos acampamentos, nas mobilizações
massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas,
conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas
e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova
fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas,
novos paradigmas de sociedade.
A Cúpula dos Povos é o momento simbólico de um novo ciclo na
trajetória de lutas globais que produz novas convergências entre movimentos de
mulheres, indígenas, negros, juventudes, agricultores/as familiares e
camponeses, trabalhadore/as, povos e comunidades tradicionais, quilombolas,
lutadores pelo direito a cidade, e religiões de todo o mundo. As assembleias,
mobilizações e a grande Marcha dos Povos foram os momentos de expressão máxima
destas convergências.
A transformação social exige convergências de ações, articulações
e agendas a partir das resistências e alternativas contra hegemônicas ao sistema
capitalista que estão em curso em todos os cantos do planeta. Os processos
sociais acumulados pelas organizações e movimentos sociais que convergiram na
Cúpula dos Povos apontaram para os seguintes eixos de luta:
Contra a
militarização dos Estados e territórios;
Contra a
criminalização das organizações e movimentos sociais;
Contra a violência
contra as mulheres;
Contra a violência
as lesbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgeneros;
Contra as grandes
corporações;
Contra a imposição
do pagamento de dívidas econômicas injustas e por auditorias populares das
mesmas;
Pela garantia do
direito dos povos à terra e território urbano e rural;
Pela consulta e
consentimento livre, prévio e informado, baseado nos princípios da boa fé e do
efeito vinculante, conforme a Convenção 169 da OIT;
Pela soberania
alimentar e alimentos sadios, contra agrotóxicos e transgênicos;
Pela garantia e
conquista de direitos;
Pela solidariedade
aos povos e países, principalmente os ameaçados por golpes militares ou
institucionais, como está ocorrendo agora no Paraguai;
Pela soberania dos
povos no controle dos bens comuns, contra as tentativas de mercantilização;
Pela mudança da
matriz e modelo energético vigente;
Pela democratização
dos meios de comunicação;
Pelo reconhecimento
da dívida histórica social e ecológica;
Pela construção do DIA MUNDIAL DE GREVE GERAL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário