O rio Tâmisa, que cruza
a capital britânica, Londres, já foi chamado de “O Grande Fedor” e declarado
“biologicamente morto”, mas atualmente, vive uma espécie de renascimento.
A Sociedade Zoológica
de Londres (ZSL, na sigla em inglês) afirma que, nos últimos dez anos, foi
informada sobre o avistamento de 2.732 mamíferos de grande porte.
Focas são os animais
mais vistos, com registro de vários espécimes inclusive na região de Canary
Wharf, conhecida por seus modernos arranha-céus.
Também foram
documentados no rio 444 botos e golfinhos, além de 49 baleias.
“Muitos olham para o
Tâmisa e veem um ambiente turvo e sujo. Mas, na verdade, sob a superfície, está
cheio de vida. Temos uma enorme variedade de peixes, invertebrados e grandes
predadores”, afirmou Joanna Barker, gerente europeia de projetos da ZSL.
Em 1957, o Tâmisa
andava tão sujo que autoridades o declararam “biologicamente morto”. A situação
era pouco melhor do que um século antes, quando o rio era conhecido pelo apelido
carinhoso de “Grande Fedor”.
Rio acima – Hoje, a
situação mudou tanto que cada vez mais animais se aventuram rio acima. Focas já
foram vistas até em localidades no sudoeste, além do centro de Londres, como
Teddington e o palácio de Hampton Court.
Grandes grupos de
golfinhos e botos também já foram avistados perto de Kew Gardens e Deptford.
Em 2006, uma
baleia-bico-de-garrafa causou burburinho ao nadar o rio até a altura do centro
de Londres. Ela acabou morrendo.
Outras baleias mais
saudáveis já foram vistas nos arredores de Gravesend, no condado de Kent.
“O fato de termos visto
tantos animais na região central de Londres indica que os estoques pesqueiros
são grandes o suficiente para alimentar estes grandes predadores”, afirmou
Barker à BBC.
Além de compilar uma
lista de avistamentos enviados pelo público, a equipe da ZSL também realiza
pesquisas detalhadas sobre focas no estuário do Tâmisa.
Nos três últimos anos,
os cientistas vêm usando barcos e até aviões para monitorar o número de focas
no rio.
Eles estimam que até
670 focas-comuns vivam no estuário. O número de focas-cinzentas é desconhecido,
mas elas também parecem estar se proliferando na região.
“Essa é uma região
bastante abrigada, se comparada ao Mar do Norte, e há diversos ambientes e
habitats diferentes para mamíferos marinhos”, afirmou Barker. “Por isso,
consideramos Londres e o estuário do Tâmisa um ambiente importante para estas
espécies.”
A ZSL pede a
colaboração de todos para enviarem fotos e outros registros de avistamento de
mamíferos marinhos no Tâmisa. (Fonte: BBC)
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