Indicadores irão
ajudar a avaliar os impactos do
agravamento do efeito estufa de acordo com recortes regionais do País.
Os riscos gerados pelo aquecimento global às populações de
várias partes do País serão medidos pelo governo federal. O Ministério do
Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram seminário
para finalizar a construção dos Indicadores Subnacionais de Vulnerabilidade da
População à Mudança do Clima no Brasil.
O índice avaliará os impactos do agravamento do efeito
estufa de acordo com recortes regionais. A medida contribuirá para o Plano
Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (Plano Adaptação), que está em fase de
elaboração sob a coordenação do MMA.
Os indicadores levarão em conta aspectos particulares de
cada região do País. Entre eles estão a conservação ambiental, os dados
demográficos e de desenvolvimento humano e a suscetibilidade a fenômenos
extremos como tempestades e secas e a doenças associadas ao clima como a dengue
e a malária.
Sensibilidade
Os indicadores considerarão, ainda, a exposição, a
sensibilidade e a capacidade adaptativa em escala municipal. A intenção é que o
sistema seja implantado, inicialmente, em Pernambuco, Espírito Santo, Mato
Grosso do Sul, Amazonas, Paraná e Maranhão.
“O projeto dialoga com a prioridade de analisar a desempenho
das políticas públicas e de gerar respostas”, destacou o secretário de Mudanças
Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, nesta quarta-feira
(25/03), durante o seminário, em Brasília (DF).
Ações adaptativas estão entre as prioridades no
enfrentamento às mudanças climáticas, na opinião do pesquisador Ulisses
Confalonieri, da Fiocruz. “A mitigação é importante e já está bem consolidada
nas políticas públicas do Brasil”, disse.
“É preciso criar, também, uma cultura de adaptação dentro
desse processo. A adaptação busca reduzir a vulnerabilidade das populações e
territórios,” Klink.
Os diversos temas considerados pelos indicadores serão
resumidos e agregadas em um único número.
De acordo com o especialista da Fiocruz, o objetivo inicial
será definir como essas informações poderão ser usadas pelo Estado. “O ideal é
que seja criada uma ferramenta prática e, para que as políticas públicas sejam
beneficiadas, é preciso quantificar e comparar as informações colhidas."
Saiba mais
Ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas
capazes de reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos
efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Ou seja, é uma forma de
resposta para lidar com possíveis impactos e explorar eventuais oportunidades.
A elaboração de uma estratégia de adaptação envolve, entre outras coisas, a
identificação da exposição a esses impactos com base em projeções e cenários
climáticos.
A proposta de sistema de indicadores em elaboração é um
avanço conceitual de sistema desenvolvido para o estado do Rio de Janeiro em
2011. Desde então, vem sendo aperfeiçoado e está em aplicação nos estados da
Bahia e de Minas Gerais.
No seminário, integrantes de órgãos públicos e de institutos
de pesquisa avaliam de maneira crítica a proposta. Os resultados do encontro
subsidiarão a elaboração do Plano Adaptação.
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