As crianças veem
TV e não discutem e criticam a informação, recebem passivamente as mensagens sem analisar
profundamente o que estão assistindo.
Nem dizem se gostam ou não do que estão vendo.
Simplesmente veem e observam, consomem sem fazer uma análise. Muitas
vezes as crianças se “desligam” do mundo
real e entram para o mundo da TV.
As pesquisas realizadas alertam
para o tempo em que as pessoas ficam diante da televisão, em média de 3 a 4
horas diárias. Esta média varia de acordo com a localidade, e independente do
desejo de cada um, a relação que a criança estabelece com a televisão é parte integrante da
construção da subjetividade humana. Foram detectadas diferenças entre as
crianças que leem e as que assistem TV. A criança que lê cria e imagina em sua
mente os personagens do texto, têm estimuladas a criatividade e imaginação, já
a criança que vê TV recebe tudo pronto: a imagem, tamanho, som e movimento, não
precisando preocupar-se com nada apenas em “ver”.
A criança também é educada pela
mídia, principalmente pela televisão. Aprende a
informar-se, a conhecer os outros, o mundo, a si mesmo, a sentir, a
fantasiar, relaxar, vendo, ouvindo, “tocando” as pessoas na tela, pessoas estas
que lhe mostram como viver, ser feliz, infeliz e odiar. Dessa forma, a relação
que a criança tem com a mídia é prazerosa, visto que é uma relação feita de exploração sensorial, narrativa,
em que aprendemos vendo as histórias dos
outros. O contato com a televisão produz na criança reações comportamentais
questionáveis em face dos padrões estabelecidos. Ao assumir um papel importante na tentativa
de despertar nas crianças uma falsa realidade, importando valores, costumes, consumismo
e conteúdos ideológicos, o mundo televisivo de tal forma se confunde com a
realidade.
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