"Entendem-se
por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Política Nacional de Educação Ambiental -
Lei nº 9795/1999, Art 1º.
“A
Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da
prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter
social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de
prática social e de ética ambiental.” Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°.
“A
educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade
educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de
relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas
derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante
uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que
promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade,
tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as
habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.” Conferência Sub-regional de Educação
Ambiental para a Educação Secundária – Chosica/Peru (1976).
“A
educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações
de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as
atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre
os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental
também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que
conduzem para a melhora da qualidade de vida”. Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977).
“A
Educação Ambiental deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das
capacidades necessárias; para que grupos sociais, em diferentes contextos
socioambientais do país, intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do
uso dos recursos ambientais quanto na concepção e aplicação de decisões que
afetam a qualidade do ambiente, seja físico-natural ou construído, ou seja,
educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão
ambiental pública.”. QUINTAS, J. S.
Salto para o Futuro, 2008.
“A
Educação Ambiental nasce como um processo educativo que conduz a um saber ambiental
materializado nos valore séticos e nas regras políticas de convívio social e de
mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da
apropriação e do uso da natureza. Ela deve, portanto, ser direcionada para a
cidadania ativa considerando seu sentido de pertencimento e corresponsabilidade
que, por meio da ação coletiva e organizada, busca a compreensão e a superação
das causas estruturais e conjunturais dos problemas ambientais.” SORRENTINO et all, Educação ambiental como
política pública, 2005.
“A
Educação Ambiental, apoiada em uma teoria crítica que exponha com vigor as
contradições que estão na raiz do modo de produção capitalista, deve incentivar
a participação social na forma de uma ação política. Como tal, ela deve ser
aberta ao diálogo e ao embate, visando à explicitação das contradições
teórico-práticas subjacentes a projetos societários que estão permanentemente
em disputa.” TREIN, E., Salto para o Futuro, 2008.
“A
EA deve se configurar como uma luta política, compreendida em seu nível mais
poderoso de transformação: aquela que se revela em uma disputa de posições e
proposições sobre o destino das sociedades, dos territórios e das
desterritorializações; que acredita que mais do que conhecimento
técnico-científico, o saber popular igualmente consegue proporcionar caminhos
de participação para a sustentabilidade através da transição democrática”. SATO,
M. et all, Insurgência do grupo-pesquisador na educação ambiental
sociopoiética, 2005.
“Um
processo educativo eminentemente político, que visa ao desenvolvimento nos
educandos de uma consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores
sociais geradores de riscos e respectivos conflitos socioambientais. Busca uma
estratégia pedagógica do enfrentamento de tais conflitos a partir de meios
coletivos de exercício da cidadania, pautados na criação de demandas por
políticas públicas participativas conforme requer a gestão ambiental democrática.” LAYRARGUES;
P.P. Crise ambiental e suas implicações na educação, 2002.
"Processo
em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão
ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo
para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento
das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade,
procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação
social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política." MOUSINHO, P. Glossário. In:
Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante.
2003.
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