A Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) na segunda-feira (23/06)
salientou o importante papel das florestas na redução da pobreza e na promoção
do desenvolvimento, apelando aos governos que apostem em políticas que
potenciem estas contribuições.
Em relatório
apresentado na segunda-feira em Roma, por ocasião da 22ª Sessão do Comitê da
FAO para as Florestas, a organização internacional defendeu que os países devem
apostar em políticas destinadas a manter e a potencializar as contribuições das
florestas para os meios de subsistência, a alimentação, a saúde e a energia.
Para isso, a FAO defende que os países devem colocar “as pessoas no centro das
políticas florestais”.
O documento, intitulado
O Estado das Florestas do Mundo (Sofo, da sigla em itálico), salienta que “uma
parte significativa da população mundial depende, muitas vezes em grande
medida, dos produtos florestais para satisfazer as suas necessidades básicas de
energia, habitação e alguns aspectos de cuidados de saúde primários”.
“Esta edição do Sofo
incide sobre os benefícios socioeconômicos provenientes das florestas. É
impressionante ver como as florestas contribuem para as necessidades básicas e
os meios de vida rurais. As florestas também sequestram carbono e preservam a
biodiversidade”, afirmou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, citado
na mesma nota informativa.
No entanto, o relatório
concluiu que, em muitos casos, estes benefícios socioeconômicos, que passam
pela redução da pobreza, pelo desenvolvimento rural e pela criação de economias
mais verdes, “não são abordados de forma adequada pelas políticas florestais”.
O documento alerta
igualmente que o papel das florestas para a segurança alimentar, considerado
pela FAO como “essencial”, também é frequentemente esquecido.
“Deixem-me dizer isto
claramente: não podemos garantir a segurança alimentar ou o desenvolvimento
sustentável sem a preservação e a utilização responsável dos recursos
florestais”, reforçou José Graziano da Silva. (Fonte: Agência Brasil).
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