Economia verde, falsas soluções, desenvolvimento sustentável, REDD, colapso do planeta, mercantilização da natureza, Cúpula dos Povos, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), Riocentro, Aterro do Flamengo. A avalanche de termos que surgem quando se fala de Rio+20 pode deixar confuso até o mais esclarecido dos cidadãos. Como tentativa de sanar esse problema em potencial e de organizar as mentes que pensam sobre o futuro do planeta, compilamos aqui uma série de elementos que definem o que a Cúpula dos povos é – e o que não é.
A Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns, é:
■Um evento a ser realizado entre 15 e 23 de junho de 2012 no Aterro do Flamengo (Rio de Janeiro), organizado por entidades da sociedade civil brasileira e internacional.
■Um contraponto à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD) – a Rio+2o oficial –, com críticas ao modo como os governos têm tratado as questões socioambientais e com propostas para evitar um colapso global.
■Um evento paralelo e independente da Rio+20 oficial.
■Crítica ao conceito de economia verde, palavra-chave da conferência oficial da ONU. A organização da Cúpula considera esse conceito insatisfatório para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas.
■Uma oportunidade de tratar dos problemas enfrentados pela humanidade de forma efetiva.
■Demonstração da força política dos povos organizados.
■“Um espaço de experimentação e visibilização concreta das práticas que queremos ver no mundo.“
■Anticapitalista, classista, antirracista, antipatriarcal e anti-homofóbica.
■Um chamado para reinventar o mundo.
■Um evento dos e para os povos.
■Um espaço sem presença de corporações.
■Uma afirmação do direito aos bens comuns.
■Uma referência ao Fórum Global, evento organizado pela sociedade civil que aconteceu durante a Eco 92, a Cúpula da Terra, também no Aterro do Flamengo.
■Parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais.
A Cúpula dos Povos não é:
■A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD). Ou seja, a Cúpula dos Povos não é a Rio+20 oficial, organizada pela ONU.
■Ligada à Rio+20 oficial ou à Organização das Nações Unidas, de qualquer forma. Algumas organizações presentes na Cúpula também têm cadeiras na conferência oficial, mas o evento é em si autônomo e independente.
■Um espaço de corporações ou de mercantilização da natureza.
■Um lugar de falsas soluções, mas de soluções já criadas pelos povos para os problemas vividos hoje no planeta.
■Intergovernamental, mas internacional.
■Uma reafirmação da economia verde como solução para o desenvolvimento sustentável – ao contrário.
■Mais do mesmo.
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